Sunday, November 25, 2007

Crise aérea: militares usam apenas a lei contra desordem estimulada por Lula (Revista Veja - 3)

Sexta-feira, Abril 06, 2007

Por Otávio Cabral e Diego Escosteguy:

O que levou o presidente Lula a ceder tão gentilmente aos controladores de vôo amotinados nos aeroportos do país no dia 30 de março, concordando em dar-lhes compensações salariais e revogando-lhes uma ordem de prisão dada pela cúpula da Aeronáutica? O que levou o presidente Lula, dias depois, a chamar os controladores de irresponsáveis e traidores, cancelando correções salariais e autorizando prisões em caso de nova rebelião? Em sua explicação pública para tamanha guinada, Lula saiu-se com justificativas contraditórias. Primeiro, disse que, ao saber do motim dos sargentos, estava a bordo do Aerolula rumo aos Estados Unidos e não recebera um "quadro completo" da situação. Depois, encarregou seus assessores de espalhar que o recuo se explicava porque, no auge da crise, não tinha alternativa além de ceder aos controladores, sob pena de manter os aeroportos do país paralisados. Por fim, em reunião com aliados no Palácio do Planalto, disse que se sentia "traído" pela categoria. "Fui apunhalado pelas costas. Esperaram eu sair do país." O que Lula não disse é que o principal motivo de ter mudado tão radicalmente de posição foi outro: os militares peitaram o presidente – e ganharam a parada.
Assim que teve sua ordem de prender os controladores de vôo cancelada por Lula, o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Juniti Saito, reuniu-se com um grupo de oficiais, assessores jurídicos e dois representantes do Superior Tribunal Militar (STM). A reunião aconteceu no 9º andar do prédio da Aeronáutica, na Esplanada dos Ministérios. Na discussão, ponderou-se que a decisão de Lula poderia resultar numa acusação por crime de responsabilidade. Afinal, no artigo 7º da lei que define crime de responsabilidade prevê-se punição para a autoridade que venha a "incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina". Com essa poderosa ameaça na manga, o brigadeiro convocou outra reunião, para a manhã seguinte, com os nove brigadeiros que compõem o alto-comando. Nesse encontro, discutiram como ampliar o arsenal para enfrentar Lula. A primeira decisão foi que o Ministério Público Militar, afinado com a cúpula da Aeronáutica, processaria os rebelados, a despeito das promessas do presidente de que não haveria punição. "A punição dos grevistas sempre foi questão de honra. Não voltaremos atrás nem com ordem do papa", disse a VEJA um integrante do alto-comando.
Na mesma reunião, os brigadeiros decidiram ainda resistir a outra reivindicação dos sargentos amotinados que Lula mandara atender: a desmilitarização do controle de tráfego aéreo. Atualmente, os controladores de vôo e os responsáveis pela defesa aérea compartilham uma parte dos equipamentos. Os militares decidiram, ali, que os equipamentos passariam a ser usados somente pela defesa aérea. Também decidiram suspender o treinamento de novos controladores, uma tarefa hoje exclusiva da Aeronáutica, e listaram os benefícios que mandariam cortar dos rebelados: moradia funcional, transporte de casa para o trabalho, assistência médica e alimentação – tudo, hoje, cedido pela Aeronáutica. Por fim, Saito disse que, se Lula mantivesse a decisão de ceder tudo aos amotinados, ele entregaria o cargo. Os demais presentes – com uma só divergência, a do brigadeiro José Américo dos Santos – também disseram que entregariam o cargo ao presidente. "Olha só a situação em que eu cheguei", comentou o brigadeiro Saito. "Posso ser o comandante da Aeronáutica com a permanência mais curta da história."

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/04/veja-3-crise-area-militares-usam-apenas.html


COMENTÁRIO DESTE BLOG:

Em absoluta primeira mão, interpretamos a crise que, então, se estabeleceu, corroborada pela revista VEJA, na publicação supra.

Sem querer fazer trocadilho, VEJA, a seguir o que publicamos, em 31 de março, do corrente ano, em nosso blog SISTEMISMO, cujo endereço eletrônico se encontra no fim desta republicação:

Sábado, Março 31, 2007

GOVERNO PERDE O CONTROLE DA SITUAÇÃO E FAZ ACORDO COM MILITARES AMOTINADOS

Por ter agido com tibieza, no início da crise do controle do espaço aéreo, o governo perdeu o controle da situação, a ponto de ser obrigado a fazer acordo com militares amotinados, desprezando os mais sagrados princípios da vida militar - a hierarquia e a disciplina.

O governo, quando optou pelos interesses corporativos dos controladores civis de vôo, em detrimento dos interesses mais elevados - a segurança interna e externa do país, - deu início a uma crise, não mais dos controladores de vôo, mas uma crise de governo e, o pior, uma crise militar.

Estabeleceu-se, agora, um precedente perigoso, ao negociar com autores de crime militar.

Se a moda pega, brevemente, o governo será forçado a negociar com outros tipos de criminosos, não apenas com autores de crimes militares.

O episódio repete Jacareacanga, mas a conduta do governo é diametralmente oposta a de Juscelino que, primeiramente, demonstrou força, sufocando a revolta, para depois anistiar os revoltosos.

É bom recordar que naquela rebelião, à retaguarda dos revoltosos estava um poderoso partido, a UDN, tendo entre seus seguidores, muitos conhecidos como “vivandeiras dos quartéis”, embora constituísse uma agremiação política bem melhor que toda a linha de partidos sucessores e legítimos herdeiros, inclusive o atual, que agora busca, desesperadamente, desvencilhar do DNA udenista, achando que, para isto, seja suficiente a mudança de nome.

Quem subscreve esta nota esteve, sempre, na luta em pról dos trabalhadores em geral e dos servidores civis e militares, entretanto, os interesses destes não podem se sobrepor aos do povo brasileiro e, do país e, muito menos quando se referem à segurança da pátria.

Os interesses nacionais, neste caso, estão afetos ao Ministro da Defesa, unicamente, ao comando da Força Aérea Brasileira (FAB) e, não a outros órgãos Ministério da Defesa que seguem a idéia equivocada de desmilitarização do setor de controle de vôo, passível de desestruturar o processo de controle do espaço aéreo, não se sabendo qual a sua verdadeira motivação.

A conduta do Poder Executivo, neste último episódio, passou a justificar, plenamente, a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito, batizada de CPI do Apagão Aéreo, pois a incapacidade demonstrada pelos gestores do setor, está a exigir a participação do Congresso, principalmente das forças oposicionistas, que talvez, apresentem idéias mais lúcidas, a respeito desta crise militar e de governo.

Acesse a publicação feita em 31 de março, do corrente ano:

http://sistemismo.blogspot.com/2007/03/governo-perde-o-controle-da-situao-e.html

Saturday, March 31, 2007

A CPI DO "APAGÃO AÉREO TORNOU-SE ÚTIL E IMPRESCINDÍVEL

Por omissão e incompetência do governo que só tem ouvidos para os controladores de vôo e não ausculta as autoridades da Força Aérea Brasileira - FAB, às quais é atribuída a segurança do espaço aéreo nacional, tornou-se absolutamente necessária e imprescindível, agora, a instauração da CPI DO "APAGÃO AÉREO", pois a solução da crise pode já estar fora do âmbito do Poder Executivo.

A crise de controle de vôo já extrapolou os limites do setor, transformando-se numa crise militar e numa crise de governabilidade, tendo os controladores de vôo (civis e militares) colocado o governo na defensiva e em situação pior que a decorrente do "mensalão" ou a dos "aloprados do PT."

Esta situação, sem dúvida, é resultante da ação tíbia do próprio governo, como refere a matéria publicada, hoje, no Jornal do Brasil, corroborando nossa afirmação, contida em postagem de 14 de março do blog Sistemismo, da qual transcrevemos o trecho seguinte:

"È notório que o governo foi tíbio e omisso, quando, ao agir movido por mero “companherismo”, permitiu que os “aloprados” controladores de vôo, embora em nome de interesses legítimos, descontrolassem a administração dos aeroportos, o sistema de controle de vôo e mantendo “cativos” de seus caprichos os usuários do transporte aéreo e, até autoridades governamentais".

Para acessar a postagem referida, clique aqui:

http://sistemismo.blogspot.com/

Felizmente, em meio a esta crise aguda, ouvimos pronunciamentos lúcidos, como os dos senadores Arthur Virgilio e Agripino Maia, lideres, no Senado, dos dois maiores partidos da oposição, o PSDB e o DEM, dos quais se espera grande contribuição na CPI do Apagão Aéreo, para a so lução dessa gama de crises: administrativa, militar e, principalmente de autoridade.

Até o Ministro da Defeza, na contramão do parecer da Força Aérea, Quando, por imposição do cargo que exerce, deveria defender, pelo menos, enquanto nele permanecer, insiste na desmilitarização do sistema CONTROLE DE VÕO, no espaço aéreo do país, absolutamente contrário ao papel das Forças Armadas - a defesa da da pátria, cujos integrantes juraram fazê-la.

Agora, o próprio Presidente da República, em pronunciamento nos EUA, felizmente, reconheceu que os controlados DE vôo extrapolaram seus limites, ao se referir à necessidade de se impor lrestrições às ações de servidores públicos, quando contrariarem os interesses da população e do Estado.

Neste caso, a hierarquia e a disciplina militar já foi arranhada, com
o beneplácito do próprio governo, como nunca se viu antes, no país.

Os controladores civís e militares colocaram o governo contra a parede, obrigando-o a negociar em plena crise e, ceder aos caprichos desses desservidores, inclusive, tornado impotente a Força Aérea para, nas condições por eles criadas, vigiar o espaço aéreo brasileiro contra a penetração de aeronaves estrangeiras não autorizadas ou operadas por contrabandistas, até de armamentos, além traficantes de drogas que, nestes tristes dias, encontram espaço livre para a execução dos seus propósitos e, certamente, estão se aproveitando desta situação.

A desmilitarização desse setor redundaria em perenizar estas condições, contrarias aos interesses nacionais, dos usuários dos transportes aéreos e comprometeria a segurança do nosso espaço aéreo e, portanto, a do próprio país.

A nós que, inicialmente, insurgimos contra a CPI do Apagão Aéreo, só resta apelar para a mesma, de onde poderá surgir uma “crise” de lucicez!

Para acessar outras postagens alusivas ao descontrole do espaço aéreo,clique aqui:http://sistemismo.blogspot.com/

Controladores devem ser julgados na Justiça Federal, opina o MPF

Os controladores de vôo envolvidos no episódio da queda do avião da Gol em 2006, ainda que militares, devem ser julgados pela Justiça Federal, e não pela Justiça Militar.

A opinião foi manifestada em parecer do MPF (Ministério Público Federal) encaminhado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), nos autos de um processo que decidirá qual juízo é o competente para o julgamento do caso.

Os controladores de vôo, bem como os pilotos norte-americanos do jato Legacy, que se chocou no ar com o Boeing da Gol, teriam infringido o Código Penal no artigo 261 (expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea) em concurso com o artigo 263, que qualifica os crimes de perigo comum quando ocorre morte.

A pena prevista é de seis meses a dois anos de detenção, mas pode ser aplicada a pena de homicídio culposo (detenção de um a três anos), aumentada de um terço.

O conflito positivo de competência ocorre quando dois juízos se julgam igualmente competentes para a apreciação da ação penal. A questão foi proposta pelo Juízo Federal de Sinop (MT). Nessa ação penal, o MPF já apresentou denúncia contra os dois norte-americanos e contra os quatro controladores de vôo. Ocorre que a Justiça Militar, implicitamente, declarou-se competente para julgar o mesmo caso quando rejeitou, por inépcia, a denúncia contra os quatro controladores de vôo (juízo auditor da Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar do Distrito Federal).

No parecer encaminhado ao STJ, o MPF afirma que, na aviação civil, a militarização do espaço aéreo não enseja a competência da justiça especializada (militar). A prática do fato supostamente criminoso por controladores de vôo, a despeito da condição individual deles de militares, não se subordina à competência da Justiça Militar. Da mesma forma, a defesa do espaço aéreo, a cargo de órgão militar, não obriga um enquadramento em qualquer hipótese prevista no Código Penal Militar.

Em novembro do ano passado, ao analisar outro conflito de competência, a 3ª Seção do STJ entendeu que caberia à Justiça Federal o julgamento do caso, e não à Justiça estadual como era cogitado à época. Como a relatora daquele processo foi a ministra Maria Thereza de Assis Moura, o MPF também opina, no parecer, pela prevenção da ministra para relatar esse novo conflito de competência, uma vez que ela já manteve contato com o tema. O processo foi distribuído automaticamente ao ministro Paulo Gallotti, e não há previsão para seu julgamento.

Terça-feira, 20 de novembro de 2007


Fonte: Última Instância (Recebido por e-mail)

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/44622.shtml

Sunday, October 7, 2007

Acidente do vôo 1907: pilotos do Legacy fizeram vôo cego

07/10/2007 - 09h46

Brasília - Transcorrido um ano do choque entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que matou 154 pessoas em 29 de setembro do ano passado, os documentos oficiais da Aeronáutica produzidos até agora sobre a investigação não deixam dúvidas: apesar de os controladores terem desempenhado papel "contribuinte" para o acidente, o fator "determinante" da tragédia foram mesmo os dois pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino.

O Inquérito Policial Militar (IPM), que investigou e indiciou os controladores por "displicência" e "falta de diligência", é explícito ao constatar que os pilotos tiveram "conduta omissiva", uma vez que estavam apenas sob "vigilância radar" do controle de espaço aéreo, e não sob "vetoração radar". Isso, em linguagem aeronáutica, quer dizer o seguinte, sem margem para interpretações subjetivas: os controladores brasileiros serviam de ponte de contato e apoio, mas, sob "vigilância radar", "a responsabilidade de navegação é do piloto em comando da aeronave", como diz o IPM.

Oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) listaram alguns pontos da conduta omissiva de Lepore e Paladino, que levavam o Legacy, comprado pela empresa ExcelAire, de São José dos Campos (SP) para os EUA. Os pilotos tinham de seguir o plano de vôo registrado em São José dos Campos e tinham de cumprir as indicações da carta aeronáutica, que é documento obrigatório na cabine de comando. Os controladores foram "displicentes" ao prestar serviços de apoio aos pilotos, dando informações truncadas ou pela metade, mas Lepore e Paladino sempre foram avisados de que estavam voando na condição de "vigilância radar".

O ponto mais objetivo da conduta omissiva dos pilotos norte-americanos diz respeito à comunicação por rádio. Nem eles nem nenhum piloto em qualquer lugar do mundo precisam dos controladores para saber em que freqüências devem posicionar os aparelhos de comunicação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Notícias Uol

http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/10/07/ult4469u12109.jhtm

Friday, October 5, 2007

Jobim vai discutir desmilitarização do tráfego aéreo

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou ontem, pela primeira vez, que discutirá a questão da desmilitarização dos serviços de controle do tráfego aéreo civil. A polêmica sobre essa medida - principal reivindicação dos controladores - estava encerrada desde que o novo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, assumiu o cargo em fevereiro, e se declarou contrário ao projeto dos sargentos que monitoram os aviões comerciais civis de levar adiante a idéia de desmilitarização do setor, defendida pelo ex-ministro Waldir Pires. "Vamos abrir essa discussão se é caso de desmilitarização, ou não, do controle aéreo", declarou Jobim.

Jobim ressalvou, porém, que "essas coisas não se fazem no afogadilho" e que é preciso discutir o tema "com tranqüilidade, com absoluta paciência para entender o problema do controle aéreo". O ministro disse que não tem "ponto de vista formado sobre o assunto (desmilitarização)", mas examinará a questão e levará para a pauta de discussão a possibilidade "de mediar o sistema, ou seja, de a circulação aérea da aviação civil ficar com os civis, e a defesa do espaço aéreo, com os militares". Esta separação, segundo o ministro, depende de mudança nos Cindactas.

Jobim comentou que, "hoje, o ambiente de trabalho é o mesmo, o ambiente onde se fiscaliza a defesa do espaço aéreo e se decide sobre a circulação da aviação civil no País é o mesmo".

Acidente

Na entrevista, Jobim também rebateu as declarações do presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifatca), Marc Baumgartner, de que é uma "questão de tempo para que um novo acidente aéreo" ocorra no País e que "a FAB (Força Aérea Brasileira) investiu muita energia para prender e perseguir seus próprios funcionários, sem gastar nenhuma energia para corrigir as falhas em seu sistema".

O ministro da Defesa afirmou que esse tipo de denúncia "não é isenta, porque tem por objetivo político criar um ambiente para resolver questões salariais". Essas afirmações, ponderou, "fazem parte de um jogo político e corporativo para dar apoio aos controladores de tráfego aéreo".

Jobim assegurou que "estão superados" os problemas que levaram os controladores ao motim de 30 de março, quando paralisaram os vôos no País, reivindicando, entre outras medidas, a desmilitarização do setor. Segundo o ministro, a questão dos controladores "está equacionada", "a hierarquia (nas Forças Armadas) foi restabelecida", e os momentos de crise não se repetirão.

O ministro da Defesa anunciou, na entrevista, que será realizada "uma auditoria completa no sistema, uma avaliação externa". E também sinalizou que o fim deste ano, quando há um aumento da demanda no tráfego aéreo, "será mais tranqüilo", porque a malha está sendo ajustada, e isso deverá estar concluído "até o final de novembro".

Fonte: Tribuna Online

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=pais05

A Justiça Militar rejeitou pedido de abertura de processo penal contra cinco controladores de vôo envolvidos no acidente da Gol

* A juíza viu falhas técnicas na denúncia.

Um ano após o acidente, a Aeronáutica vai descentralizar o controle do tráfego aéreo.

(O Globo - Sinopse Radiobrás - 03-09-07)

Thursday, October 4, 2007

Jobim diz que ameaça de novo acidente aéreo é jogo político

04/10/2007 - 12h11

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou nesta quinta-feira as declarações feitas pelo presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifatca), Marc Baumgartner, que disse que "é uma questão de tempo para que um novo acidente aéreo volte a acontecer no Brasil". Em entrevista a 11 emissoras de rádio, Jobim disse que a declaração não tem isenção e faz parte do "jogo político de apoio aos controladores".

"Esse tipo de manifestação tem um objetivo político de criar um ambiente para resolver questões salariais. A situação técnica dos Cindactas está correta. Os interesses são outros" declarou.

Em reportagem publicada hoje pela BBC Brasil, Baumgartner afirmou que a Aeronáutica "investiu muita energia para prender e perseguir os seus próprios funcionários", mas que não corrigiu falhas no sistema aéreo.

O ministro informou ainda que fará uma auditoria completa no sistema de controle do espaço aéreo. Em relação ao relatório da CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, aprovado ontem (3), Jobim disse que a comissão não pediu o indiciamento de diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) por questões políticas.

"Uma coisa são as decisões políticas da CPI outras as administrativas. Cabe a mim resolver problemas do futuro. Essas questões de responsabilidade não são funções da CPI, ela pode sugerir ao Ministério Público (o indiciamento) mas não tem condição de condenar ninguém", afirmou.

Jobim negou ainda que seja candidato à Presidência da República. Ele informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para as Forças Armadas, que será elaborado em um ano. O programa deverá contribuir para a autonomia tecnológica do país e estimular a criação de uma indústria de defesa.

Congonhas

Jobim disse que será criado um grupo de trabalho para aumentar a demanda de passageiros no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, como parte da diminuição de vôos em Congonhas. O ministro afirmou que isso será feito diminuindo as taxas aeroportuárias do Tom Jobim para estimular a venda de passagens nesse aeroporto. Ele admitiu, porém, que a readequação da malha aérea brasileira poderá fazer com que os preços das passagens subam.

" Você aumentará necessariamente os custos (das empresas aéreas) e isso repercute nos preços", disse.

O ministro disse que a malha deverá ser ajustada até o fim de novembro para garantir que o período de férias seja tranqüilo.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u333839.shtml

Tuesday, October 2, 2007

Relatório aponta 11 erros de controladores

Os quatro sargentos e um suboficial indiciados pela FAB poderão ser presos, suspensos ou até expulsos da carreira

IPM também aponta falhas de pilotos do Legacy, mas neste caso não há conseqüências legais, por se tratar de inquérito militar

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Antes mesmo do anúncio do relatório técnico final das investigações sobre o choque entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, encaminhou à Justiça Militar o IPM (Inquérito Policial Militar) indiciando cinco controladores de vôo por "materialidade e indícios de autoria de crime" no acidente.
O resultado do IPM, ao qual a Folha teve acesso, indica por que falharam as mais de 20 tentativas de comunicação entre o avião e o controle aéreo de Brasília: a freqüência que o Legacy usava, 125.05 MHz, não funcionava no setor aeronáutico em que o avião voava na região do acidente.
O IPM só indicia controladores e poderá influenciar o processo na Justiça comum que irá determinar as responsabilidades pelo acidente e a discussão sobre indenizações. O comportamento dos pilotos do Legacy, apontado até aqui como um dos fatores principais do acidente, é citado, mas sem conseqüências legais, pois trata-se de um inquérito militar.
O texto, confidencial, foi enviado por Saito à juíza auditora da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, Zilah Petersen, em 19 de julho passado. O encarregado do IPM foi o coronel aviador Luiz Claudio Ribeiro da Silva.
Os cinco controladores indiciados estão sujeitos a enquadramento no Código Penal Militar e, portanto, a prisão, suspensão e expulsão da carreira.
São eles os sargentos Felipe dos Santos Reis, Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José dos Santos Barros, do Cindacta-1 (o controle aéreo de Brasília), além do suboficial João Batista da Silva, de São José dos Campos (SP), de onde decolou o Legacy.
O relatório, de 77 páginas, reproduz em detalhes e analisa todos os episódios que desembocaram no choque do Boeing com o Legacy em 29 de setembro de 2006, e usa termos como "displicência", "relaxamento", "falta de diligência" e "demora excessiva" para classificar a atuação de controladores.

Pilotos do Legacy
Nas conclusões, foram listados 11 "fatores preponderantes" desencadeados pelos controladores ou pelos pilotos norte-americanos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino.
Há referências à "conduta omissiva" dos pilotos, além da citação de normas aeronáuticas para afirmar que o Legacy estava sob "vigilância radar", não sob "vetoração radar", e isso significa que "a responsabilidade de navegação é do piloto em comando da aeronave".
Ou seja: apesar dos erros dos operadores, deveriam corrigir altitude e freqüência, além de notificar a inoperância do transponder (equipamento que informa a posição do avião ao controle e a outros aviões, acionando sistemas anticolisão).
O primeiro erro é do sargento Felipe dos Santos Reis, de Brasília. Não conhecia o plano de vôo, que previa três altitudes até Manaus, e passou a orientação para a torre de São José sem dados importantes sobre rota e nível, dando só a primeira altitude (37 mil pés).
O suboficial João Batista, de São José, conhecia o plano, mas não questionou a orientação de Brasília e a repassou para os pilotos do Legacy citando apenas 37 mil pés e o aeroporto de Manaus. Ele havia sido convocado no IPM como testemunha, mas foi indiciado pois "foi verificado que contribuiu, sobremaneira, para o evento que culminou com a queda do Gol".
A autorização incompleta produziu nos pilotos a "compreensão de que estariam autorizados a voar em 37 mil pés até Manaus", mas eles erraram ao não questioná-la, já que divergia do plano de vôo. Ao passar por Brasília, quando o avião deveria ter baixado para 36 mil pés, porque a altitude na direção Manaus é obrigatoriamente par na chamada aerovia (o Boeing vinha na "contramão" ímpar), nem os pilotos desceram, nem o sargento Jomarcelo ordenou a descida.
Jomarcelo afiançou equivocadamente para seu substituto de turno, Lucivando, que o Legacy estava em 36 mil pés, como no plano de vôo, quando estava, de fato, em 37 mil e na "contramão". Segundo o IPM, ele "teve todas as condições de verificar que a aeronave voava em 37 mil, até que perdesse o sinal do transponder".

Registro alterado
Um dado considerado importante no relatório é que, às 16h26, o sargento Lucivando alterou o registro do nível de vôo autorizado a partir da posição Teres da carta aeronáutica: deveria ser de 38 mil pés, mas ele mudou para 36 mil.
O transponder não emitiu sinais por cerca de 55 minutos e não houve comunicação entre o controle e o Legacy entre 18h51 e 19h48, sem que nenhum dos lados observassem os procedimentos previstos.
Jomarcelo teve "um série de indicações" da inoperância do transponder, como o fim da circunferência que fica na tela do controle quando o aparelho está funcionando, variação de indicação de altitude e surgimento da letra Z entre a altitude real e a autorizada. Nada fez.
Também houve "excessiva demora" de Lucivando em tentar contato com o Legacy. Foram mais de 7 minutos até a 1ª tentativa e, mesmo diante de seis tentativas infrutíferas, levou "nada menos que 19 minutos" para fazer a sétima.
A transferência do controle de Brasília para Manaus, feita pelo sargento Barros, transcorreu "como se nenhuma anormalidade estivesse ocorrendo com a aeronave". Exemplo: disse que o Legacy iria chamar em seguida, quando sabidamente havia falha de comunicação.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0210200706.htm

Sunday, September 30, 2007

FAB determina inspeção na TAM e Infraero

27/09/2007

LEILA SUWWAN
da Folha de S.Paulo

A Aeronáutica determinou que seja realizada uma vistoria especial de segurança de vôo na TAM e nas instalações da Infraero em Congonhas (zona sul de São Paulo) para avaliar quais as condições que podem ter contribuído para o acidente do vôo 3054 em julho, que deixou 199 mortos.

A recomendação está entre 18 medidas propostas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e aprovadas pela FAB na semana passada, após dois meses de investigação.

Além das vistorias, a investigação focou nas condições de uso das duas pistas do aeroporto de Congonhas, um indicativo de que condições de risco foram detectadas.

As recomendações são datadas de 17 de setembro e não trazem justificativas ligadas à investigação, que é sigilosa.

No entanto, o Cenipa tem obrigação de propor medidas preliminares, mesmo antes de suas conclusões finais, sempre que uma situação de risco é detectada.

A "vistoria de segurança de vôo especial", segundo a legislação aeronáutica, é específica para casos de acidentes e visa reavaliar as condições existentes ou verificar se há novas condições de insegurança.

Ela também pode ser realizada se houver indícios de falhas na segurança de vôo, alterações em procedimentos e treinamento ou sinais de "circunstâncias comportamentais adversas nos tripulantes".

A Folha procurou a TAM sobre a questão na noite de ontem, mas não houve posicionamento oficial devido ao horário. Porém, a empresa afirma que as vistorias são normais depois de um acidente.

Condições da pista

No caso da vistoria na Infraero, uma das hipóteses é a investigação sobre o procedimento usado para verificar as condições da pista pouco antes do acidente, a pedido da torre de controle, que registrou queixas de asfalto escorregadio de outros pilotos naquele dia. Na ocasião, o técnico não desceu do carro para fazer a checagem.

À TAM também foi recomendado "enfatizar" aos tripulantes o uso correto dos manetes em caso de reversor inoperante -a caixa-preta do acidente registra que a alavanca direita foi "esquecida" em ponto de aceleração, o que impediu a frenagem correta do A-320 em Congonhas.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u331813.shtml

Wednesday, September 26, 2007

CPI do Apagão Aéreo não "deglutiu" a esdrúxula tese da "desmilitarização"

Documento não defende desmilitarização

BRASÍLIA - No relatório da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, apresentado ontem, Marco Maia não encampa a tese da desmilitarização. Fala no tema apenas como uma hipótese que precisa ser "detidamente ponderada". "Ainda que se venha a desmilitarizar o controle do tráfego aéreo brasileiro, há que se conduzir um meticuloso estudo prévio", diz o relatório do deputado petista.

"O PSOL não vota a favor de jeito nenhum, foi um relatório sob encomenda para os poderosos", criticou a deputada Luciana Genro (RS). Apesar de integrar a base governista, o deputado Miguel Martini (PHS-MG), ex-controlador de vôo, criticou a responsabilização dos controladores no caso da Gol e também cobrou mais objetividade no item sobre a desmilitarização do setor aéreo. "A desmilitarização é uma das principais condições para resolver os problemas do setor, o processo tem que começar imediatamente", disse Martini, que estuda um voto a favor do relatório, mas "com restrição".

Mais uma vez, como aconteceu na leitura da primeira parte do relatório, na semana passada, Maia ficou praticamente sozinho diante dos deputados da oposição e não foi defendido por nenhum companheiro da base. Os deputados aprovaram a prorrogação da CPI por mais cinco dias. O prazo, que era até domingo, estendeu-se até o dia 5 de outubro, uma sexta-feira.

Fonte: Tribuna Online

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=pais02


Opinião deste Blog:

A desmilitarização do controle de vôo de aereonaves civís, uma proposta de interesses corporativistas e de alguns controladores militares, travestidos de líderes sindicais e, que atendia os propósitos hegemônicos da Anac, só foi defendida por um deputado (ex-controlador de vôo), cujos motivos são óbvios, entrentanto os demais duputados, integrantes, fizeram "ouvidos moucos" para o "canto da sereia".


Tuesday, September 25, 2007

Cinquenta anos atrás, o Sputnik lançava seus primeiros bip-bips e mudava o rumo da história

John Ritter/NASA/The New York Times
John


25/09/2007
Sputnik: uma simples e brilhante esfera orbitando o globo, libertadora e assustadora

John Noble Wilford

John Ritter/The New York Times

A União Soviética lançou seu primeiro satélite artificial, uma nova lua, em 4 de outubro de 1957. Escapando da gravidade terrestre, ultrapassando a atmosfera e entrando em órbita, o Sputnik cruzou o limiar para uma nova dimensão da experiência humana. As pessoas agora podiam ver sua espécie como viajantes espaciais. Sua mobilidade ampliada poderia algum dia provar ser tão libertadora como os primeiros passos eretos de seus ancestrais hominídeos, há muito tempo.

Mas a reação imediata refletiu as preocupações sombrias de um mundo tomado pela Guerra Fria, um tempo de medo e divisão no qual as duas superpotências, a União Soviética e os Estados Unidos, desconcertavam uma à outra com a ameaça da destruição em massa. O Sputnik alterou a natureza e a amplitude da Guerra Fria.

Ele era um agente de alarme pouco atraente. Uma simples esfera pesando apenas 83 quilos e que não chegava a 1 metro de largura, ele contava com uma superfície altamente polida de alumínio, para melhor refletir a luz solar e ser visível da Terra. Dois transmissores de rádio com antenas bigode de gato enviavam sinais constantes em freqüências que os cientistas e radioamadores podiam captar, confirmando assim o feito.

Os russos claramente pretendiam que o Sputnik fosse uma declaração sonora de sua perícia tecnológica e suas implicações militares. Mas ao que parece, nem mesmo eles previram a resposta frenética provocado por seu sucesso.

Quando o ditador soviético Nikita Kruschev recebeu a notícia do lançamento, ficou satisfeito, é claro, e ele e seu filho, Sergei, ligaram o rádio para escutar o "bip" do Sputnik. Eles foram dormir, lembrou o filho, sem ter consciência "da enormidade do que estava acontecendo naquelas horas".

A imprensa soviética publicou uma reportagem padrão de duas colunas sobre o evento, com regozijo mínimo. Mas os jornais no Ocidente, particularmente nos Estados Unidos, encheram páginas com notícias e análises.

O sinal do Sputnik reverberava pelas salas dos poderosos e pelas ruas dos cidadãos comuns. As pessoas escutavam e, de telhados e quintais, observavam durante a noite um ponto de luz em movimento, como uma estrela errante. O interrogatório de invenções costumava ser: "O que Deus forjou?" Agora era: "Do que os russos serão capazes a seguir?"

"Nenhum evento desde Pearl Harbor provocou tamanha repercussão na vida pública", escreveu Walter A. McDougall, um historiador da Universidade da Pensilvânia. Uma geração mais jovem poderia traçar uma comparação aos ataques terroristas do 11 de Setembro.

The New York Times
Detalhe do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial lançado ao espaço
O Sputnik mergulhou os americanos em uma crise de autoconfiança. Teria a prosperidade tornado o país frouxo? Seria o sistema de educação inadequado, especialmente no treinamento de cientistas e engenheiros? Estariam as instituições da democracia liberal à altura de concorrer com uma sociedade comunista autoritária?

Em "The Heavens and The Earth: A Political History of the Space Age" (1985), McDougall escreveu que antes do Sputnik, a Guerra Fria era "uma luta política e militar na qual os Estados Unidos precisavam fornecer ajuda e apoio a seus aliados nas linhas de frente". Agora, ele continuou, a Guerra Fria "se tornou total, uma competição pela lealdade e confiança de todos os povos, travada em todas as áreas de realizações sociais, na qual manuais de ciência e a harmonia racial eram ferramentas de política externa tanto quanto mísseis e espiões".

Na época do Sputnik, John F. Kennedy era um senador júnior de Massachusetts sem nenhum interesse em particular no espaço. Yuri A. Gagarin era um piloto militar russo desconhecido. John H. Glenn Jr. era um piloto do Corpo de Marines que tinha acabado de estabelecer o recorde para vôo a jato transcontinental mais rápido de Nova York a Los Angeles. Neil A. Armstrong estava testando aeronaves de alta performance no deserto da Califórnia. A vida deles logo mudaria, assim como as de centenas de milhares de engenheiros, técnicos e outros trabalhadores e pessoas comuns por toda a parte.

Thomas J. O'Malley, um engenheiro de aviação em Nova Jersey, se mudaria em poucos meses para um pedaço de terra abandonada em Cabo Canaveral, Flórida, para atuar como condutor de testes no desenvolvimento acelerado do míssil Atlas, que no futuro lançaria os astronautas americanos em órbita. "Nós tínhamos uma meta", ele lembrou recentemente. "Colocar algo lá em cima o mais rápido possível".

Christopher C. Kraft Jr. logo se viu trabalhando em uma força-tarefa para planejamento de uma resposta americana ao desafio. Ele se tornaria o primeiro diretor de vôo das missões de astronautas, mas no início, ele escreveu, a moral dos engenheiros americanos estava baixa. "Eu não era o único engenheiro a ficar surpreso com quanto eu não sabia e quanto precisava aprender", ele disse.

Quando a notícia do Sputnik chegou a Huntsville, Alabama, Wernher von Braun ficou fora de si em frustração. Von Braun, um cientista de foguetes alemão que trabalhava para o Exército americano, disse que este país poderia ter vencido os russos na colocação de algo em órbita se não fossem as ordens do Pentágono para resistir a qualquer idéia de adicionar um pequeno satélite ao míssil Jupiter-C que ele vinha testando.

Para piorar ainda mais, as primeiras tentativas de lançar um minúsculo satélite Vanguard foram fracassos embaraçosos. Somente no fim de janeiro de 1958 os americanos tiveram sucesso com o Explorer 1, colocado em órbita por uma versão de vários estágios do Jupiter-C de Von Braun. Mas o muito maior Sputnik 2 já tinha enviado ao espaço a cadela Laika, um prenúncio do vôo espacial tripulado. O Sputnik original -"satélite" ou "companheiro de viagem" em russo- não foi um acidente único.

A dinâmica pós-Sputnik até mesmo me atingiu e me recrutou. Na época eu era um soldado na Guerra Fria. Juntamente com quase todo jovem americano fisicamente apto (até mesmo Elvis serviu dois anos), eu estava cumprindo minha obrigação de interromper a vida e a carreira para o serviço militar. Eu tinha concluído a faculdade e era um repórter do "Wall Street Journal" sob licença para serviço militar servindo na base do exército de Forte Dix, Nova Jersey.

Na manhã seguinte ao triunfo soviético, eu estava de folga em Trenton. Eu comprei os jornais e os espalhei pela mesa do café-restaurante. Manchetes imensas apregoavam a notícia. A linguagem obscura de foguetes e órbitas confundia minha cabeça, mas prossegui lendo. Eu dediquei um breve pensamento à coincidência do lançamento do Sputnik com o meu aniversário; ao menos eu nunca esqueceria a data do início da era espacial.

Àquela altura minha história deveria contar com um estrondo de trovão do destino ou com um abrir de porta por uma rajada de vento repentina, espalhando os jornais e me deixando estranhamente tocado. Mas não tive nenhuma premonição de que o Sputnik tinha provocado ações que moldariam minha carreira. Foi apenas em 1959, logo após eu retornar ao "Wall Street Journal" após o serviço militar na Alemanha Ocidental, que eu senti o efeito do Sputnik.

Os jornais e outras mídias, influenciados pelo Sputnik, estavam se esforçando para expandir a cobertura de ciência, medicina e tecnologia. Eu concordei com a sugestão do editor de tentar escrever sobre medicina. Uma coisa levou à outra, da medicina para a ciência e para a exploração espacial, para a revista "Time" e posteriormente ao "The New York Times", para cobrir a resposta americana mais ambiciosa ao Sputnik: o programa Apollo.

O Sputnik não deveria ter sido uma surpresa. Tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos embarcaram no desenvolvimento de mísseis balísticos para o envio de ogivas nucleares a grandes distâncias. Eles também anunciaram planos de lançamento de satélites artificiais no Ano Geofísico Internacional, uma empreendimento cientifico cooperativo de 18 meses para estudo da Terra e sua atmosfera, que teve início em 1957. Kruschev tinha reiterado as intenções soviéticas dois meses antes.

Mas foi um choque, um despertar. Um dos intrigantes "e se" da história: e se os americanos tivessem lançado o primeiro satélite?

Alex Roland, um historiador de tecnologia da Universidade Duke e um ex-historiador da Nasa, disse que um primeiro lançamento pelos americanos teria apenas confirmado sua reputação de superioridade tecnológica. A cara rivalidade pelo domínio no espaço, ele disse, provavelmente teria sido conduzida com menor urgência.

John M. Logsdon, diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, concordou. "Se não fosse pelo Sputnik, provavelmente nunca haveria o Apollo".

Após o Sputnik, a corrida espacial ganharia impulso. Os críticos atacaram o governo do presidente Dwight D. Eisenhower, que inicialmente desdenhou o Sputnik como um evento apenas de "interesse científico". Logo o Departamento de Defesa acelerou o desenvolvimento de mísseis. O Congresso democrata criou a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa).

A percepção de uma vantagem soviética ameaçadora em mísseis persistia. A necessidade fez com que os russos se concentrassem em mísseis. Desde a Segunda Guerra Mundial, os bombardeiros americanos eram mais capazes do que os russos, que também não contavam com bases aéreas em distância de ataque ao coração do território de seu adversário, diferente das bases americanas que cercavam a União Soviética.

Uma estimativa exagerada da "desigualdade de mísseis" se tornou tema da campanha presidencial de 1960 e pode ter sido crucial para a vitória de Kennedy por margem estreita. Pouco depois dele assumir a presidência, os russos conseguiram outro triunfo atordoante. Em abril de 1961, Gagarin se tornou o primeiro ser humano a voar em órbita da Terra.

Após semanas de reuniões a portas fechadas, Kennedy apareceu perante o Congresso, em 25 de maio, e declarou: "Agora é o momento para que este país dê passos certos e definitivos no sentido de levá-lo ao papel de liderança na conquista espacial o que, de muitas formas, implica em nosso futuro na Terra".

Ele comprometeu o país ao "objetivo de, antes do final desta década, levar um homem até a superfície da Lua e trazê-lo de volta são e salvo à Terra".

Apesar da corrida espacial ter sido breve, os 12 anos do despertar até a primeira caminhada na Lua foram tempos empolgantes, atordoantes, até mesmo magníficos.

Apesar dos russos terem largado à frente, os americanos começaram a alcançá-los com os vôos orbitais Mercury e Gemini. Assim que a meta entrou ao alcance da vista, houve uma contagem regressiva de antecipação. Na escuridão antes do amanhecer, nós dirigimos na direção da luz brilhante envolvendo uma espaçonave que parecia um obelisco saído da antiguidade, aguardando para ser lançado. A ignição do Saturno 5, a uma distância de 5 quilômetros de areia e cerrado, bateu no peito e estremeceu o chão no qual estava. Em propulsão máxima e solto, o imenso foguete parecia inicialmente estar perdendo sua luta contra a gravidade, então lentamente portou-se à altura e disparou por sobre o oceano, deixando um rastro de fogo e vapor. Os viajantes espaciais estavam a caminho da Lua.

Três viagens lunares estão gravadas mais fortemente na memória. Os astronautas da Apollo 8, em dezembro de 1968, foram os primeiros a chegar à Lua, dando 10 voltas nela. Por suas janelas eles viram uma dolorosamente bela Terra, azul e verde sob espirais de nuvens brancas. Na véspera de Natal, os homens se revezaram na leitura de versos do Gênesis. Era uma dádiva dos céus em um momento de turbulência e desespero, em um ano de assassinatos, tumultos urbanos e uma guerra divisora.

Então veio a Apollo 11. Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong descia a escada do módulo lunar e dava "um passo gigante para a humanidade". Buzz Aldrin se juntou a ele para a primeira caminhada pela Lua. Diferente de chegadas anteriores, o mundo todo estava assistindo pela televisão.

No atual documentário "In The Shadow of the Moon", Michael Collins, o piloto da Apollo 11 que permaneceu em órbita lunar durante o pouso, lembra que durante a turnê mundial posterior da tripulação, as pessoas com quem se encontravam sentiam que também tinham participado do pouso. "As pessoas, em vez de dizerem, 'Bem, vocês americanos conseguiram', diziam em toda parte, 'Nós conseguimos!' Nós, humanidade, nós, raça humana, nós, pessoas, conseguimos!"

O entusiasmo da experiência compartilhada foi notável, dada a origem da corrida espacial em um clima de medo e beligerância.

A Apollo 11 basicamente colocou um fim à corrida espacial e o interesse público em vôos espaciais era pequeno na época da Apollo 13, em abril de 1970. A autoconfiança residual que comprometeu o país ao programa Apollo em 1961 deu lugar à dúvida. A Guerra no Vietnã, outro capítulo da Guerra Fria, empurrou o programa Apollo para a periferia da mente nacional.

A Apollo 13 é a missão que fracassou, mas um drama de dimensões épicas digno de Homero. Três astronautas se lançaram em uma missão ousada, se depararam com o desastre, encararam a morte e voltaram com dificuldade para a segurança do lar. Este resvalar com a morte ao menos deu um rosto mais humano aos vôos espaciais e fizeram com que parecesse mais empolgante e perigoso.

Ao final de 1972, o último dos 12 homens que caminharam na Lua fez as malas, voltou para casa e ninguém mais esteve lá desde então. Na conclusão daquele vôo, o Apollo 17, eu pedi a historiadores que avaliassem a importância destes primeiros anos no espaço. Arthur M. Schlesinger Jr. previu que em 500 anos, o século 20 seria provavelmente lembrado pelas primeiras aventuras da humanidade além de seu planeta de origem. Ao final do século, ele não tinha mudado de idéia.

Nos anos que se seguiram, russos e americanos continuaram realizando vôos espaciais. Grande parte do dinheiro americano foi destinado aos ônibus espaciais, os veículos reutilizáveis confinados à órbita que nunca viveram à altura de sua promessa de tornar o vôo humano mais rotineiro. As imagens do programa que ficaram para o público são da explosão mortal da Challenger, logo após o lançamento em 1986, e da desintegração da Columbia durante a reentrada, 17 anos depois.

Coube à espaçonave robô de relativo baixo orçamento manter a impressão de exploração e descoberta desta nova fronteira. Neste sentido, elas sozinhas excederam sua promessa. Naves russas e americanas exploraram Vênus. Sondas americanas pousaram várias vezes em Marte e uma cápsula européia chegou à superfície de Titã, uma lua de Saturno. Duas naves Voyager fizeram a grande excursão pelos quatro planetas gigantes externos e estão no momento se aproximando do limiar do sistema solar. O Telescópio Espacial Hubble ainda envia imagens das profundezas em tempo cósmico.

Carl Sagan, o astrônomo e autor, falava freqüentemente desta era dourada de exploração planetária. "Em toda a história da humanidade", ele escreveu, "haverá apenas uma geração que será a primeira a explorar o sistema solar, uma geração para a qual, na infância, os planetas são discos distantes e indistintos se movendo pelo céu noturno, e para a qual, na velhice, os planetas são lugares, novos mundos diversos no caminho da exploração".

Certa noite em 1990, eu dirigi por Baltimore em uma viagem sentimental. De vez em quando desde a queda do Muro de Berlim, da reunificação da Alemanha, do colapso dos regimes comunistas no Leste Europeu e dos últimos suspiros da esgotada União Soviética, eu me permito refletir sobre meus dois anos como soldado em uma guerra não convencional e o quase meio século de ansiedade de viver em um mundo que parecia destinado a se autodestruir.

Eu mal podia me imaginar fora do contexto da Guerra Fria. Sem a intensa competição entre soviéticos e americanos representada pela corrida espacial, eu não teria me tornado um jornalista de ciência que escreveu sobre astronautas indo à Lua para "derrotar" os russos. Portanto, eu não estaria em Baltimore de novo, desta vez com astrônomos que se preparavam para olhar para os céus por um gigantesco telescópio orbital.

Eu encontrei o caminho até o Travelers Lounge, o bar que ficava em frente ao portão da Escola de Inteligência do Exército no Forte Holabird. Nós costumávamos ficar longas horas em um canto no fundo, discutindo política e o romance americano regado a cerveja. Eu me sentei em um banco e disse ao barman que fazia três décadas desde a última vez que bebi cerveja ali, durante minha estada em Holabird.

"Em intervalos de poucos meses aparece alguém e dá uma olhada ao redor", disse o barman. "Nós somos a única coisa que restou daquela época".

Foi o que vi. O forte se foi. Em seu lugar se encontra um complexo corporativo atrás do outro, prédios de aço e vidro e amplos estacionamentos. Os nomes que vi eram tão desconhecidos como seus bens e serviços de nova tecnologia. Eu imaginei estar olhando para um monumento à Guerra Fria e quão apto parecia.

O conflito que vivenciamos não rendeu iconografia heróica e triunfal, nada como a estátua do fincar da bandeira em Iwo Jima, nada que glorificasse a guerra ou proclamasse a vitória. Estes empreendimentos comerciais que se ergueram da tecnologia da Guerra Fria, ocupando o lugar do antigo forte, eram monumentos ao fim dela, monumentos que não olham para trás.

Pelo menos o Travelers e eu conseguimos resistir a esta passagem na história. Por sobre meu ombro, eu vi famílias e casais jantando, nenhuma cerveja ou soldado em parte alguma. Eu me perguntei que lembranças pós-Guerra-Fria estes restaurantes trariam nos anos vindouros.

Eu pedi licença ao Travelers e a uma era. Eu tinha que estar descansado pela manhã para outro encontro com as pessoas do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial. Eles estavam cuidando de seu próprio monumento à Guerra Fria, que promoveu a tecnologia do Telescópio Espacial Hubble. Eu queria saber mais sobre nosso -e o meu próprio- universo em expansão.

Em um longo jantar, após a Guerra Fria e quase 30 anos desde o primeiro pouso lunar, um ex-astronauta que caminhou na Lua e um dos diretores de vôo da Apollo começaram a falar sobre os bons velhos tempos, algo que as pessoas fazem quando pensam sobre seu passado que está desaparecendo e o mundo mudando à sua volta. Eles quase choraram de rir contando histórias, um tentando superar o outro.

Então uma nuvem pareceu passar diante de seus rostos. Pete Conrad, o astronauta, que logo morreria em um acidente de moto, e Gerald D. Griffin, o diretor de vôo, se perguntaram perplexos sobre o que aconteceu com os bons velhos tempos. O que aconteceu com as grandes perspectivas de poucas décadas atrás? Nenhum ser humano foi para Marte, como tinha sido previsto, nem uma base permanente na Lua foi estabelecida. Uma há muito esperada estação espacial orbital estava finalmente sendo montada em órbita, mas ninguém parece certo de que ela serve, exceto como demonstração de cooperação entre muitos países, incluindo a Rússia, em um grande empreendimento espacial.

A economia e a mudança das prioridades nacionais minaram os planos pós-Apolo mais ambiciosos.

Logsdon, da Universidade George Washington, chamou o programa Apollo de um "produto de um momento específico na história" e um programa relâmpago singular em resposta a uma ameaça percebida ao país. Ele não representava um compromisso firme da sociedade com uma exploração espacial plena.

Como apontou Roland, da Duke, o Apollo "fez apenas o que foi projetado a fazer, que era convencer o mundo e nós mesmos de que éramos mestres da tecnologia; ele não foi concebido para fazer nada além disto". Até hoje, ele disse, "nós não identificamos uma missão para astronautas que pudesse ser comparada à Apollo".

Roland notou que as telecomunicações são o único empreendimento espacial que se paga e, ele acrescentou, "transformou o mundo". Todas as outras atividades espaciais, civis e militares, dependem até o momento do que "os Estados acreditam ser de seu melhor interesse investir" -e tais interesses mudaram desde a Guerra Fria.

Vamos deixar Neil Armstrong, conhecido por ser um homem de poucas palavras, ficar com a última palavra.

"Eu acho que sempre estaremos no espaço", ele disse em uma entrevista para o programa de história oral da Nasa. "Mas levará mais tempo para fazermos as novas coisas do que os defensores gostariam, e em alguns casos serão necessárias forças ou fatores externos que não podemos controlar ou prever, que farão com que as coisas aconteçam ou não."

Armstrong então diz algo que certamente repercutirá entre muitos de seus contemporâneos. "Nós realmente fomos muito privilegiados", ele disse, "por vivermos naquela fina fatia da história onde mudamos a forma como o homem olha para si mesmo, o que poderá se tornar e para onde poderá ir".

Tradução: George El Khouri Andolfato

Fonte: Uol Notícias

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/

Monday, September 24, 2007

Jobim diz que espera renovação completa da Anac até fim da semana

24/09/2007 - 16h13

da Folha Online

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta segunda-feira que espera poder anunciar até o fim desta semana a renovação completa da diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), durante visita ao Centro Experimental de Aramar, da Marinha, em Iperó (120 km a oeste de São Paulo).

"Hoje poderemos ter mais uma notícia sobre mais uma função. Espero que tenha a renovação completa na agência até o fim da semana", afirmou Jobim. Como são indicados pelo presidente da República com o aval do Senado Federal, os diretores das agências reguladoras não podem ser demitidos --ou seja, tem de renunciar para que haja mudanças.

A diretoria da Anac vive processo de desgaste desde a queda do vôo 3054 da TAM em São Paulo, em 17 de julho. O acidente matou 199 pessoas. Dos cinco membros da diretoria, restam apenas o diretor-presidente, Milton Zuanazzi, e o diretor de relações internacionais, Josef Barat. Os outros três cargos estão vagos, o que impede a agência de realizar deliberações.

A primeira a deixar a diretoria da agência foi Denise Abreu, que entregou sua carta de renúncia a Jobim no último dia 24. Desgastada pela acusação de que teria apresentado um documento sem validade à juíza Cecília Marcondes, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, Abreu não resistiu. A norma de segurança tinha como objetivo derrubar a restrição de uso da pista do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), determinada em fevereiro pela Justiça Federal.

No dia 28 de agosto, Jorge Luiz Veloso, responsável pela área de segurança da Anac, também deixou a diretoria. O terceiro foi Leur Lomanto, que entregou o cargo no último dia 6.

Novos nomes

Jobim já indicou três nomes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor a diretoria. Os nomes de Solange Paiva Vieira, que atualmente é assessora especial do Ministro da Defesa, e do brigadeiro da reserva Allemander Pereira Filho já foram aprovados por Lula. Allemander já foi também aprovado pelo Senado.

O terceiro nome indicado é o de Marcelo Pacheco dos Guaranys, também economista. A sugestão ainda não foi analisada, mas ele conta com o aval do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Fonte:

Folha Online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u331016.shtml

Saturday, September 15, 2007

Juíza nega pedido de arquivamento de denúncias contra controladores de vôo


Agência Brasil

A juíza-auditora Zilah Maria Callado, do STM (Superior Tribunal Militar), negou nesta sexta-feira (14/9) o pedido do MPM (Ministério Público Militar) para que fossem arquivadas as denúncias contra os controladores de vôo Wellington Andrade Rodrigues, Moisés Gomes de Almeida e Edleuzo Souza Cavalcante.

Os três foram apontados como possíveis lideranças da paralisação ocorrida no dia 30 de março, no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, o Cindacta 1, em Brasília, e que afetou o tráfego aéreo em todo o país.

Callado enviou a denúncia para a Procuradoria-Geral da Justiça Militar, que se entender pela existência de elementos suficientes para sustentar a denúncia deverá designar novos integrantes do MPM responsáveis por reapresentar a ação. Os três promotores de Justiça que já atuam no caso — Jaime de Cássio Miranda, Giovanni Rattacaso e Ana Carolina Scultori Teles Leiro — não poderão continuar, por já terem manifestado decisão favorável ao arquivamento.

O processo referente aos três controladores será encerrado se a Procuradoria-Geral decidir pelo arquivamento.

O MPM alegou não ter encontrado, ao fim do inquérito policial militar, indícios suficientes da participação dos três militares na paralisação.

“Nosso argumento foi de que, naquele momento, não vimos nada da participação dos três naquilo que descrevemos como sendo o motim, ou seja, a suspensão das decolagens das áreas de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo”, disse Miranda.

Em tese, acrescentou, “isso não quer dizer que eles não tenham participado da greve de fome, se é que ela aconteceu, nem mesmo do movimento de amotinamento voluntário: isso não está provado nos autos do processo".

O promotor disse só haver certeza quanto à presença de Wellington e de Moisés no Cindacta 1, no dia da paralisação. “Ao que tudo indica, o sargento Edleuzo não estava [no local] no dia 30 de março”, informou.

Para os procuradores, que denunciaram outros cinco controladores militares por motim e um controlador civil por incitamento, os profissionais descumpriram as regras operacionais ao suspenderem as decolagens das três áreas de controle. Na seqüência, teriam quebrado a hierarquia e a disciplina quando não atenderem às determinações do então comandante do Cindacta 1, coronel Carlos Vuyk de Aquino.

“Na ocasião, o coronel Aquino convocou os quatro militares mais antigos para uma reunião. Foi quando um sargento [Fábio Lima, segundo a denúncia] que não estava de serviço se adiantou e respondeu como se fosse o líder do que estava acontecendo”, explicou Miranda.

No dia 10 de agosto, a Procuradoria-Geral denunciou os suboficiais da Aeronáutica Luiz Marques, Florisvaldo Salles e José Tadeu Tavares, o primeiro sargento Roberto César Pereira e o segundo sargento Wellington Fábio da Rocha pelo crime de motim.
Já o controlador de tráfego aéreo civil Marco Aurélio de Carvalho Espíndola responde por incitamento.

Se forem condenados, os militares poderão ficar presos por quatro a oito anos, pelo crime de motim, e o civil, por dois a quatro anos, pelo de incitamento.

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/42257.shtml





Friday, September 14, 2007

Ministro da Defesa critica na Câmara a atuação da Anac

Para Jobim, "se a agência estivesse funcionando teria impedido que os aeroportos ficassem saturados"

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou a Agência Nacional de Aviação Civil e seu presidente, Milton Zuanazzi, que não compareceu à sessão da comissão de defesa do consumidor realizada ontem na Câmara. O ministro disse, durante a sessão, que é preciso discutir a autonomia da Anac. Jobim disse que a Anac tem problemas e lembrou que, ao ser instalada, em março de 2005, ela não "conversou" com o extinto Departamento de Aviação Civil (DAC).

Jobim lembrou que há algumas semanas Zuanazzi relatou no Senado a saturação em diversos aeroportos do País. "Se a agência tivesse funcionando, teria impedido que aqueles aeroportos ficassem saturados", atacou o ministro, ao comentar que ficou chocado com o comentário. "Afinal, quem autoriza os vôos, não é a própria Anac?"

O ministro Jobim considerou necessária a criação de um estatuto de defesa do usuário do transporte aéreo, assegurando que "não há conflito" com nenhuma outra regra legal existente. Para ele, o código de defesa do consumidor funcionaria como norma geral, neste estatuto, se trataria de questões específicas.

Ele também considera necessário discutir melhor estas questões que envolvem o setor aéreo, mas ressalvou que é preciso estar atento também ao fato de que "se exigir demais pode matar o sistema". Para o ministro, está absolutamente claro hoje, que "há um desequilíbrio no sistema aéreo". Ele lembrou que é preciso reformular o transporte aéreo regional. "Não podemos ser assassinos do sistema, pois assim não teremos o que consumir", declarou. Jobim recomendou "equilíbrio" na elaboração da sua proposta, para não matar o sistema hoje existente.

O ministro se ofereceu para participar de uma reunião com os integrantes da comissão e com as pessoas que estão trabalhando no projeto, para discutir com os integrantes do Ministério da Defesa a questão.

O presidente do SNEA, José Marcio Mollo, criticou as regras que estão querendo criar para o setor, com pesadas multas para as companhias, avisando que elas ameaçam à sobrevivência das próprias empresas.

Copyright© 2001 Tribuna da imprensa

http://www.tribunadaimprensa.com.br/anteriores/ontem/

Saturday, August 25, 2007

Denise Abreu, uma das responsáveis pelo descontrole do espaço aéreo, renunciou à diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil

* Sob pressão do governo e do Ministério Público, Denise Abreu renunciou à diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil.

Duas horas antes, o Ministério Público pedira seu afastamento para apurar improbidade administrativa na agência.

Denise teria enviado um documento sem validade à Justiça para liberar a pista de Congonhas. A ex-diretora dia que só se explica ao presidente Lula. (O Globo- Sinopse Radiobrás)

Monday, August 20, 2007

Cumbica fecha pista e vôos devem atrasar

* De hoje a 10 de outubro, só a pista auxiliar do aeroporto pode ser usada. (Estado de São Paulo – Sinopse Radiobrás)

Thursday, August 9, 2007

Ministro da Defesa, Nelson Jobim, sinalizou, no Senado, que o governo voltará artilharia pesada contra as empresas

Defendeu multas pesadas para controlar a pontualidade dos aviões. O ministério informou que a reforma da pista principal de Guarulhos acaba até março de 2008.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

Saturday, July 28, 2007

A militarização ou a desmilitarização do controle de vôos não devem ser ideologizadas

A militarização do setor aéreo é visa pelo PSTU e outros grupos sectários e revanchistas não como uma necessidade operacional, mas "resquício da ditadura", desconhecendo o processo histórico, uma vez que esta situação vigiu durante os perídios de vários governos democráticos como os de Getúlio Vargas, quando eleito pela coligação PSD-PTB, passando pelos períodos de Juscelino, Jânio Quadros e João Goulart.

As Forças Armadas não podem ser partidarizadas e nem ideologizadas, pois as características marcantes dos militares são o profissionalismo e a exata noção do cumprimento do dever, entre outras virtudes militares.

Por outro lado, em uma sociedade democrática não pode haver discriminação a respeito de qualquer grupo social, sendo condenável qualquer preconceito recíproco entre civís e militares.

A maioria dos militares atuais não participou do golpe de 1964 e, os que serviam naquela ocasião, se encontravam em postos iniciais da carreira, cuja participação se limitou, apenas, a cumprir ordens emanadas das autoridades superiores, uma vez que a cúpula insurgente contra o presidente constitucional, eleito pelo povo, Sr.João Goulart, ocupava os mais altos postos, por isto mesmo, servira-se dos canais hierárquicos para emitir ordens.

Essas ordens dos comandos revolucionários foram transmitidas, via radiograma, no que tange ao Exército, ocorrera através do Serviço de Transmissões, para o restante da tropa que, cujos integrantes tinham absoluta impossibilidade de desobecer aos comandos revoltosos, com exceção de raras organizações militares, como as comandadas pelos Generais Antonio Henrique Almeida de Moraes e Crisantho Miranda de Figueiredo, as quais esboçaram reações suicidas, prontamente sufocadas pelos que detinham o controle do Estado Maior do Exército, virtual cabeça do Exército, em razão do afastamento do seu titular, General Jair Dantas Ribeiro, visitado, nos últimos dias de março de 1964, pelo Presidente Goulart, acompanhado de seu Chefe da Casa Militar, General Assis Brasil.

Este episódio será, oportunamente, complementado, inclusive com o relato da desistência do Presidente Goulart de seguir para Petrópolis, a fim de se encontrar com o Marechal Lott.

No epílogo do governo João Goulart, o General Assis Brasil, face à relutância do Presidente, praticamente o obrigou embarcar em uma aeronave, em Brasília, para evitar sua prisão, invocando sua responsabilidade pela segurança do presidente constitucional do Brasil.

A seguir, voaram para o Uruguai, onde o General Assis Brasuk deixou o Presidente e, voltou, imediatamente, ao país para devolver a aeronave e se apresentar, na condição de preso.

A história é sempre feita pelos vencedores, segundo seus interesses, mas o tempo e as pesquisas podem permitir a utilização de dispositivos de "feedback", capazes de reajustá-la, colocando-a no seu verdadeiro leito.

Friday, July 27, 2007

Desmilitarização do Controle de Vôos "foi para o espaço""

O restabelecimento do Ministério da Defesa como "cabeça do sistema", coloca uma "pá de cal" na malfadada proposta de desmilitarização do controle de aeronaves cívis.

O reconhecido fracasso da Infraero e da Anac decorrem, não somente, de vícios de concepção, mas também, da sua desarticulação com os demais órgãos integrantes do setor aéreo, aliada à indefinição de qual seria o elemento integrador e controlador, cujo conjunto constitui fator impediente de sua operacionalização como um verdadeiro sistema, apesar de ter estrutura compatível com a filosofia sistêmica, mas lhe faltava unidade de comando, a qual o Ministro Jobim deseja lhe atribuir.

Ao aplicarmos a metodologia sistêmica na organização e funcionamento do setor aéreo, podemos afirmar, como o fizemos inúmeras vezes, que o controle de aeronaves civís constitui, na realidade, um subsistema do Sistema Unico de Controle do Espaço Aéreo, o qual, por sua vez, integra o Sistema Nacional de Defesa do Brasil, e (Teritorial, Aéreo e Marítimo), representando aspecto da nossa soberania.

Os proponentes desta estapafúrdia idèia de desmilitarização do controle de vôos de aeronaves civìs desprezaram os interesses nacionais, as responsabilidades do serviço público, fatores capazes de compromenter sua eficiência e eficácia, a par de lesiva aos direitos dos usuários do setor. ao mesmo tempo em que privilegia interesses pessoais, corporativistas, políticos, inclusive partidários e, porque não dizer, além de facilitadora da corrupção sistêmica que campeia no país.

A referida proposta incluiria o subsistema de controle de vôos de aeronaves civís no clima de marasmo e frouxidão, reinante na Infraero e na Anac, o que constitui atrativo para aqueles que não tenham vocação para o serviço público ou sejam propensos à fuga da responsabilidade profissional e dos princípios de hierarquia e disciplina, exigíveis pela magnitude do problema.

Para eliminar as distorções existentes, o novo Ministro da Defesa, Dr Nelson Jobim, pretende se servir da carta branca que exigiu para assumir o Ministério da Defesa, como o fez "Felipão" para aceitar o cargo de técnico da seleção brasileira, segundo comparação que ouvimos ontem, em Brasilia, feita pelo Dr. Luís Maximiliano Telesca Mota, prestigiado e influente advogado na Capital da República.

Thursday, July 26, 2007

Jobim assume Ministério da Defesa e enfatiza que quem manda é ele e vai mudar sistema aéreo

* O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, assumiu o lugar de Waldir Pires, ontem, dando demonstração de força: disse que quem manda é ele e que recebeu carta branca do presidente Lula para fazer mudanças profundas na estrutura do setor aéreo brasileiro.

Segundo Jobim, que é filiado ao PMDB e foi ministro do governo FH, as mudanças não serão partidarizadas:

"Só vou nomear técnicos".

Jobim admitiu que o setor aéreo estava sem comando e prometeu que as primeiras mudanças serão decididas até o final de semana. Ele disse não ver problema no fato de não ser da área:

"Uma coisa é a execução, outra é o comando". Amanhã, ele vai visitar o Aeroporto de Congonhas e o IML de SP, onde é feito o reconhecimento das vítimas do acidente da TAM.

O ministro, que recusara convite anterior, mudou de idéia e, bem humorado, explicou a razão:

"Minha mulher achou que eu devia aceitar".

(O Globo - Sinopse Radiobrás)


* Jobim assume Defesa e promete "comando"

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, assumiu o posto com o anúncio de mudanças rápidas no ministério, na Infraero, e não descartou modificações na Agência Nacional da Aviação Civil.

"Precisamos trabalhar em cima dos resultados. Se houver necessidade, haverá um debate.

Essas estruturas (as agências reguladoras) foram feitas para dar resultados, não para ser mantidas", disse Jobim, em entrevista.

Ele culpou a "falta de comando" e a "disparidade de ações" dos órgãos que cuidam do setor aéreo pela crise nos aeroportos.

"Estamos com um problema de comando, e isso vai ter", ressaltou Jobim.

O novo ministro irá a São Paulo, amanhã, para inspecionar o aeroporto de Congonhas e encontrar-se com o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab.

Se tiver êxito à frente do Ministério da Defesa e conseguir debelar a crise que já dura mais de dez meses no setor aéreo, o novo ministro poderá tornar-se o virtual candidato do PMDB à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

Ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Jobim assume o cargo na cota pessoal do presidente.

Será também o mais influente representante do PMDB no governo.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)

Tuesday, July 24, 2007

PILOTOS AMEDRONTADOS DESISTEM DE VOAR

* 170 pilotos e comissários desistem da TAM

Licença médica e demissão. São as saídas encontradas por 170 pilotos e comissários da TAM para driblar o medo e a insegurança depois da tragédia com o vôo 3054 em Congonhas.

Um comunicado interno da companhia mostra que a grade de vôos está ameaçada por falta de tripulação.

Ontem, mais um dia caótico nos aeroportos.

O mau tempo em Congonhas, que fechou três vezes, cancelou e atrasou mais de 50% dos vôos em todo o país.

Também por medida de segurança, pilotos decidiram não mais pousar no Centro de São Paulo sob chuva. Como se não bastasse o tumulto, o barranco na cabeceira da pista do aeroporto da tragédia despencou.

Nos EUA, deputados que acompanham as investigações sobre a caixa-preta divergiram de informações a respeito das causas do acidente.

Em Brasília, o governo apostava que a saída para crise seria aumentar o valor das tarifas aéreas.

O ex-presidente do BNDES Carlos Lessa, em entrevista ao JB, responsabilizou o ex-ministro Antonio Palocci pela falência da Varig e pelo agravamento da crise na aviação.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)

Friday, July 20, 2007

Governo reduz número de pousos e decolagens em Congonhas.

* O governo tenta exibir hoje sua primeira reação concreta à maior tragédia da aviação civil brasileira.

O presidente Lula convocou reunião do Conselho de Aviação Civil para bater o martelo em um pacote de medidas com o objetivo de controlar a crise no setor aéreo.

Ontem, a primeira providência esboçada pelo governo foi a redução imediata do número de pousos e decolagens em Congonhas.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

Thursday, July 19, 2007

Governo cogita a abertura do capital da Infraero a fim de levantar recursos para a infraestrutura aeroportuária

* A abertura do capital da Infraero voltou a ser avaliada pelo governo, para levantar recursos que sustentarão investimentos na infra-estrutura aeroportuária do país.

Estuda-se também uma segunda opção, que poderá ser adotada junto ou independentemente da primeira: a abertura da atividade a empresas privadas, por meio de concessões.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ao Valor que o presidente Lula autorizou o Ministério a elaborar uma proposta que contemple fontes privadas de recursos, diante do diagnóstico preliminar de que os cerca de R$ 3 bilhões previstos no PAC não atenderão as necessidades do setor.

Só os aeroportos já existentes vão demandar, em cinco anos, de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões em novos investimentos.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)


O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, disse ontem que pretende antecipar o processo de pagamento do seguro às famílias das vítimas do maior acidente aéreo do País.

Sem revelar o valor da apólice, se disse consternado com o drama dos familiares, procurou ser diplomático e evitou criticar os órgãos aeronáuticos que cuidam do aeroporto de Congonhas.

Até o fechamento desta edição, o número oficial de mortos era de 189.

Segundo fontes do mercado de seguros, a TAM dispõe de US$ 1,5 bilhão para indenizar danos materiais, corporais e morais. E tem um contrato que cobre danos da aeronave, estimados em US$ 50 milhões. Mais de 95% do risco foi repassado ao mercado internacional, prática comum em valores expressivos.

Vários empresários e executivos estavam no vôo, tendo suas carreiras interrompidas.

O diretor comercial da cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves (RS), Carlos Zanotto, apresentaria ontem ao Bradesco, em São Paulo, os resultados de dez anos de reestruturação e consolidação da cooperativa como a maior da América Latina. Os irmãos João e Pedro Caltabiano, donos do Grupo Caltabiano, voltavam de Porto Alegre, onde abririam uma revenda de carros.

Bologna disse que o Airbus A320, incorporado à frota em dezembro de 2006, estava em perfeitas condições.

E afirmou acreditar que a pista tinha condições de operação, do contrário a Infraero teria feito a interdição do aeroporto.

Em conseqüência da tragédia, as ações da TAM registraram a maior queda na Bovespa ontem.

Houve um recuo de 9,07%. Na esteira da TAM, as ações preferenciais da Gol e da Embraer tiveram desvalorização.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services informou que os ratings em créditos corporativos de longo prazo atribuídos à companhia aérea não são imediatamente afetados pelo acidente.

O risco financeiro, "pelo menos no curto prazo", é absorvido pelas seguradoras, diz o analista da agência Reginaldo Takara.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)


* Mortes de tragédia chegam a 192; Infraero cogita falha mecânica
Pelo menos 192 pessoas morreram no acidente com o Airbus da TAM em Congonhas.

Os mortos são os 186 ocupantes do avião - na véspera, a empresa informara 176 - e seis no solo. Há três desaparecidos.

Até ontem à noite, 177 corpos foram resgatados.

Mais três pessoas morreram em hospitais.

O aeroporto foi reaberto pela manhã, 12 horas depois do desastre.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Promotoria quer interditar Congonhas; lobby de aéreas fez pista ser liberada antes do fim da reforma.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O vôo 3054 encerrou a trajetória de sete aposentadas, com 71 a 85 anos, que usavam o tricô para protestar pelo pagamento de dívidas previdenciárias. Filiadas ao Sinapers (Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul), elas viajavam a São Paulo com uma missão: liderar, como convidadas, a campanha nacional contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 12, que flexibiliza o pagamento de precatórios (dívidas do governo) no país.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

Wednesday, July 18, 2007

Acidente com o Aibus da TAM: É cedo para culpar a pista, diz Ronaldo Jenkis, diretor de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas

* O agente de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, culpou a falta de ranhuras na pista principal de Congonhas pelo acidente.

A pista foi reaberta dia 29, sem as ranhuras de escoamento da chuva, que só podem ser feitas um mês após a reforma para o concreto se consolidar.

Já o diretor de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas, Ronaldo Jenkins, acha cedo para culpar a pista.

A Infraero não descarta erro do piloto.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Avião com 176 a bordo explode em Congonhas

Menos de 10 meses após a queda de um Boeing da Gol em que morreram 154 pessoas, o Brasil viveu ontem mais um desastre aéreo, considerado o maior da história da aviação nacional.

Um avião da TAM (vôo JJ 3054), a principal companhia aérea do país, saiu de Porto Alegre às 17h16, com 176 pessoas a bordo, rumo a São Paulo.

Por volta das 18h45, a aeronave, um Airbus modelo A320, tentou pousar no Aeroporto de Congonhas, não conseguiu frear e derrapou na pista, que passou por uma recente reforma e foi entregue há 18 dias sem estar totalmente pronta.

De acordo com testemunhas, o piloto ainda tentou arremeter sem sucesso.

O avião foi lançado sobre a avenida Washington Luiz, uma das mais movimentadas da capital paulista, e se chocou violentamente contra um prédio da TAM Express, o braço cargueiro da companhia.

Ao choque se seguiram uma forte explosão e um incêndio que não havia sido controlado até as 00h30 de hoje.

Não há confirmação oficial do número de mortos, mas o próprio governador de São Paulo, José Serra, considerou remota a possibilidade de haver sobreviventes entre os passageiros.

As equipes haviam resgatado pelo menos 31 corpos carbonizados no local do acidente - vários feridos foram levados para hospitais.

O resgate deve durar cinco dias.

A tragédia é a segunda vivida pela TAM em Congonhas.

Há 11 anos, um Fokker 100 caiu após a decolagem, matando 90 passageiros, seis tripulantes e três pessoas em terra.

O presidente Lula decretou luto por três dias.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás

Saturday, July 14, 2007

Promotor do caso: Além do crime de motim, cinco controladores de vôo podem ser enquadrados em outros delitos

* Promotor do caso afirma que, além do crime de motim, cinco controladores de vôo envolvidos no movimento que paralisou os vôos no país em 30 de março podem ser enquadrados em outros delitos.

Advogado de defesa alega que não houve crime: eles teriam agido no estrito cumprimento do dever.

(Correio Braziliense - Sinopse Radiobrás - 10-07-07)

Thursday, July 12, 2007

Espaço aéreo do Rio ficará em parte bloqueado no Pan

* Por medida de segurança, o espaço aéreo do Rio ficará em parte bloqueado no Pan.

A medida suspende tanto vôos panorâmicos de helicópteros que partem da Lagoa quanto a decolagem de asas-deltas e parapentes da Pedra Bonita.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)

Saturday, July 7, 2007

Funcionários da Infraero nos aeroportos de Viracopos, Galeão e Cumbica ameaçam iniciar greve na quarta-feira

* Funcionários da Infraero nos aeroportos de Viracopos e Galeão também marcaram início de greve para quarta-feira, assim como os de Cumbica.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários e militares do Cindacta 4, controladores de vôo de Manaus e Belém planejam parar, provavelmente a partir de quinta-feira.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


OBSERVAÇÃO DO BLOG:

Se existe uma organização sindical com a denominação de "Sindicato Nacional dos Aeroportuários e militares do Cindacta 4", nos parece se tratar de uma institituição à margem da lei, pois aos militares é vedado se organizar em sindicatos.

Enquanto conservam os aviões no chão, os controladores tentam voar alto demais.

No blog GREVE E GREVISMO, do dia 23 de junho p. passado, publicamos a seguinte postagem:

LULA E A FAB ABORTAM TENTATIVA DE IMPLANTAÇÃO DE SINDICALISMO NAS FORÇAS ARMADAS

* Crise aérea se agrava

A Aeronáutica afastou, ontem, 14 controladores de vôo e o comandante admitiu que o momento é de "extrema gravidade".

Ele adotou medidas emergenciais como reforço de pessoal.

Nos aeroportos, a situação só piora, com atrasos e revolta.

(JORNAL DO COMMERCIO (PE) - SINOPSE RADIOBRÁS)

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Friday, July 6, 2007

AEROPORTUÁRIOS E CONTROLADORES DE VÔO AMEAÇARAM ENTRAR EM GREVE DIA 11

* Em assembléia em Cumbica, cerca de 150 dos mil funcionários da Infraero no aeroporto aprovaram ontem paralisação a partir de quinta-feira.

Os trabalhadores pedem 33,76% de aumento.

A Infraero oferece 4%.

A paralisação deve afetar pelo menos 70% dos serviços.

Serão mantidos apenas os essenciais, como navegação aérea e segurança.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Os 10.600 aeroportuários, incluindo 480 controladores de vôo civis, ameaçaram ontem parar o país com uma greve no dia 11, antevéspera dos Jogos Pan-Americanos.

"Não estamos preocupados com o Pan, mas com a nossa situação", justificou José Alencar Gomes Sobrinho, presidente do sindicato.

A decisão sairia na segunda-feira se o governo não tivesse oferecido um reajuste salarial de 6%.

A proposta foi aceita.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)

Thursday, July 5, 2007

Líder dos controladores, Wellington Rodrigues, será preso por dez dias

* Levantamento revela que ainda não foram cumpridas pelo menos sete das principais promessas para resolver a crise aérea, feitas desde dezembro por Anac, Infraero e Aeronáutica.

Entre elas, estão uma legislação para coibir overbooking, a obrigação de as empresas manterem aeronaves de reserva e a reformulação dos centros de tráfego aéreo.

Ontem, o Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, voltou a ter atrasos em metade dos vôos.

O líder dos controladores Wellington Rodrigues será preso amanhã, por dez dias.

(O GLOBO - SINOPSE RADIOBRÁS)


* Depois de 3h30 de reunião, representantes da Agência Nacional de Aviação Civil, da Infraero e da Aeronáutica bateram boca e não chegaram a consenso para acabar com o caos nos aeroportos.

Para deputados da CPI do Apagão Aéreo, os envolvidos não têm soluções.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

Tuesday, July 3, 2007

Pilotos americanos desligaram involuntariamente o transponder do jato Legacy

* A comissão de inquérito da Aeronáutica que investiga as causas da queda do Boeing da Gol em 29 de setembro do ano passado concluiu que os pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paladino desligaram involuntariamente o transponder do jato Legacy que se chocou com o avião, confundindo esse aparelho e o rádio.

Os dois ficam dentro da mesma "caixa" do painel de controle. (.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)

Friday, June 29, 2007

Aeroporto de Congonhas volta a operar, com duas pistas

* O Aeroporto de Congonhas volta a operar hoje com duas pistas, mas com número de pousos e decolagens reduzido.

As 48 operações por hora realizadas antes da reforma devem passar para 44.

A Aeronáutica propôs a redução para diminuir os atrasos hoje provocados pela falta de espaço para permanecer no solo.

Sem espaço, os pousos são retardados.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

Thursday, June 28, 2007

"O panorama se desanuviou porque o presidente permitiu que a Aeronáutica agisse"

* Notas e Informações - O panorama se desanuviou porque o presidente permitiu que a Aeronáutica agisse, restabelecendo o respeito à autoridade e à ordem que tem estado ausente neste País de Lula.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 27-06-07)


* Reunidos em Brasília, controladores rejeitam a acusação de terem feito operação-padrão.

Para eles, falhas constantes de equipamento é que têm tornado os vôos no país menos seguros.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás. 27-06-07)


* Líder dos controladores de vôo, Wellington Rodrigues condena convocação de novos recrutas e alerta que procedimentos de segurança "foram jogados fora".
Aeronáutica nega qualquer risco para passageiros.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás. 27-06-07)


OBSERVAÇÃO DO BLOG:

Os controladores de vôo são meros executores de tarefas e não podem se alvorar de dirigentes e "salvadores da pátria".

O sistema global de controle e defesa do espaço aéreo nacional, do qual o controle de vôos de aeronaves civís é um aspecto integrado e indissociável (um subsistema), constituindo um problema de nível de estado maior, cujas decisões dependem do comando da Força Aérea, do Ministério da Defesa e do Presidente da República, Chefe constitucional das Forças Armadas do país, cuja operacionalização exige a disponibilidade de uma complexa estrutura de recursos humanos, finaceiros e, um não menos complexo sistema de informações, aos quais os controladores de vôos não têm acesso.

Sobre tal assunto, os controladores de vôos, como auxiliares do setor, podem opinar sim, mas de maneira nenhuma deverão posar com a auto-suficiência e arrogância costumeira, como únicos "donos da verdade", além do havitual desrespeito aos seus superiores hierárquicos e aos usúários do sistema de transporte aéreo.

Estas condutas desviantes dos controladores de vôos tem causado enormes arranhões à imagem do páis, prejuízos ao turismo e limitações ao crescimento econômico.

Face à irresponsabilidade a eles atribuída pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva, essa categoria profissional abortou, definitivamente, a esdrúxula e estapafúrdia tese da "desmilitarização" do controle de vôos, acentuando a necessidade da completa e total "militarização" do setor.

Está correta a afirmação de Alexandre Garcia de que o problema voltou às mãos de quem entende do assunto, ao que acrescentamos, de onde nunca deveria ter saído, enquando o Estado de São Paulo publica:

"O panorama se desanuviou porque o presidente permitiu que a Aeronáutica agisse, restabelecendo o respeito à autoridade e à ordem que tem estado ausente neste País de Lula."

AERONÁUTICA, EM 2005, JÁ INFORMAVA SOBRE AS LIMITAÇÕES DO SISTEMA DE CONTROLE DE VÔOS

* Um documento da Aeronáutica, exibido na CPI do Apagão, comprova que as críticas dos controladores de vôo não são de todo infundadas.

O relatório, de 2005, informa que os sistemas de navegação, comunicação e vigilância têm limitações, os mapas não têm boa qualidade e falta pessoal.

Previa, ainda, que o aumento da demanda aérea poderia gerar incidentes.

(JORNAL DO BRASIL - SINOPSE RADIOBRÁS)


* O Comando da Aeronáutica baixou uma portaria na última sexta-feira reduzindo pela metade o tempo de treinamento exigido para o ingresso dos novos controladores de tráfego aéreo na função.

A medida foi tomada para acelerar a substituição dos atuais operadores pelos militares que atuam na defesa aérea.

(.Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás. - 27-06-07)

Tuesday, June 26, 2007

PRESIDENTE LULA PROMETEU AUMENTO SALARIAL AOS CONTROLADORES DE VÔO

* O presidente Lula disse ontem ter ordenado à Aeronáutica que "colocasse ordem na casa", em alusão ao apagão aéreo.

Porém, embora tenha criticado o movimento dos controladores de vôo, o presidente prometeu aumento salarial à categoria.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)

Monday, June 25, 2007

SOB A "BATUTA" DA FAB O MOVIMENTO DOS AEROPORTOS VOLTA AO NORMAL

* O movimento foi normal nos aeroportos ontem, mas as medidas de emergência adotadas pela FAB terão seu grande teste hoje - um dia útil, quando o número de passageiros aumenta.

"Vencemos apenas a primeira etapa", resumiu um oficial.

No fim desta semana começam as férias escolares, com mais trânsito aéreo ainda.

A Aeronáutica admite que ocorram pequenos atrasos e teme decisões judiciais favoráveis aos operadores de vôo afastados por indisciplina sexta-feira.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

Sunday, June 24, 2007

NÃO HÁ RESTRIÇÕES AO TRÁFEGO AÉREO, AVALIA A AERONÁUTICA

O Comando da Aeronáutica informou que os atrasos que ocorreram hoje nos aeroportos não têm relação com o controle do tráfego aéreo.
Segundo informe da Aeronáutica, não há mais restrições do sistema, em nenhuma região do País, desde as 15h de sábado.

A nota diz que pelas estatísticas da Infraero, apenas 5,4% dos vôos previstos até as 12h de hoje encontravam-se atrasados.

(Agencia Estado - 24/6/2007 14:52)

FAB INFORMA QUE O TRÁFEGO AÉREO ESTÁ VOLTANDO AO RÍTMO NORMAL

* Um dia depois de afastar 14 controladores de vôo e de intervir no Cindacta-1 (Brasília), a Aeronáutica afirmou que o tráfego aéreo "está se encaixando em um ritmo normal".

O diagnóstico se baseava em dados disponíveis até as 12h de ontem.

A FAB detectou menos demora entre as decolagens e disse que a situação poderia voltar ao normal hoje.

Ontem o fluxo de aviões foi menor, o que influi nos atrasos.

Até 11h30, 28,2% dos vôos tinham atraso maior que uma hora.

(.Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O governo começou a pôr em prática as medidas de emergência anunciadas na sexta-feira para tentar vencer o caos aéreo que voltou aos aeroportos.

Na manhã de ontem, controladores de vôo que trabalhavam desde as 22 horas de sexta-feira, foram convocados a permanecer no Cindacta-1, dobrando o turno.

A média de atrasos nas decolagens nos aeroportos de todo o País, até o meio-dia de ontem, era de 28%.

Na noite de sexta-feira, os atrasos chegaram a 35%.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Apesar da situação ter melhorado com as medidas de emergência, passageiros sofreram com atrasos e cancelamentos de vôos nos principais aeroportos.

O dia foi mais crítico em Salvador, onde 60% das decolagens saíram fora do horário. Espera longa também em Brasília e Belém. Especialistas duvidam que os problemas sejam sanados rapidamente.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)

Saturday, June 23, 2007

FAB VOLTA A CONTROLAR O ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO

* FAB afasta 14 líderes de controladores

Após nove meses de crise nos aeroportos, a Aeronáutica afastou 14 líderes dos controladores de vôo _incluindo a prisão de um deles_ e radicalizou a militarização do sistema, relatam Eliane Cantanhêde e Iuri Dantas.

Autorizado pelo presidente Lula, o comandante da Aeronáutica, deflagrou um plano de contingência e interveio no Cindacta-1, em Brasília.

(.Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás.)

As decolagens em Cumbica (SP) para Brasília, Nordeste, Estados Unidos e Europa foram suspensas entre as 16h30 e as 18h30 por determinação da Aeronáutica, que ontem decretou uma intervenção no sistema de controle do espaço aéreo.

As partidas de Cumbica voltaram a acontecer com restrições, de 15 em 15 minutos, a partir das 18h30. Os motivos da suspensão não foram explicados pela Infraero.

(.Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás.)


* A guerra dos controladores do Cindacta 1 de Brasília ao governo ampliou-se depois que o comando da Aeronáutica anunciou mais prisões e outras medidas emergenciais para sanar a crise.

Nos aeroportos, milhares de passageiros sofreram com 461 vôos atrasados e a interrupção de decolagens em Brasília e São Paulo, para os EUA a Europa e o Nordeste.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)

Friday, June 22, 2007

CONTROLADORES DE VÔO PASSARAM A SER CONTROLADOS

* Para contornar a operação padrão deflagrada na terça-feira pelos controladores de vôo, a Aeronáutica instalou câmeras voltadas para os consoles do centro de controle de vôo de Brasília.

Isso permitiria demonstrar que os problemas técnicos relatados pelos sargentos não impedem o trabalho.

Quanto maior o número de consoles desativados, maior o espaçamento entre decolagens.

Ontem foi mais um dia de caos nos aeroportos.

Houve espera de até 24 horas para embarque e quase metade dos 1.475 vôos previstos até as 18h30 sofreram atraso (38,1%) ou foram cancelados (8,2%).

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

Thursday, June 21, 2007

Com nova greve branca, FAB pune controlador

* Os controladores de vôo fizeram ontem nova operação padrão no Centro de Controle de Tráfego Aéreo de Brasília. Como na véspera, eles se queixaram de defeito nos equipamentos, exigindo reparos e ampliação do intervalo entre as operações.

Todas as decolagens de Brasília foram suspensas por uma hora a partir de 17h14.

Poucos minutos depois, começaram as restrições a decolagens em São Paulo.

"Temos problemas relativos à área de pessoal", disse o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, na CPI do Apagão Aéreo.

Integrantes da CPI ouviram de um oficial da FAB que "a única solução é expulsar 50 controladores".

A Aeronáutica determinou ontem a prisão administrativa do sargento Carlos Trifilio, presidente da federação de controladores. Segundo parentes de Trifilio, o motivo foram recentes declarações dele à imprensa; a prisão agravou a crise entre controladores e a FAB.

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse que está sendo criada uma carreira militar para controladores de vôo, com sete níveis.

Isso afasta a hipótese de que o serviço seja desmilitarizado, como chegou a ser discutido.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O ministro da Defesa, Waldir Pires, admitiu ontem que o apagão aéreo não será resolvido antes de um ano - talvez bem mais, porque depende de contratação e treinamento de mais controladores.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Pane em radar do Cindacta 1 tumultua a vida de passageiros em todo o país.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)