Ao “dar asas” aos controladores de vôo, desde o início da crise, o governo foi, gradativamente, ampliando a sua conivência com as retaliações efetivadas por essa categoria aos integrantes da Força Aérea e à própria corporação.
O verdadeiro objetivo desse movimento é a desmilitarização do setor, o que conduziu essa categoria profissional a um processo de insubordinação, de desrespeito à hierarquia e de falta de exação no cumprimento dos mais elementares deveres profissionais, principalmente, por se tratar do exercício de uma função essencial, como afirma o próprio Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
E porque não dizer que essa baderna atingiu as ráias da sabotagem, até mesmo à segurança Nacional.
Agora, Quando o caos já atingiu tais proporções, envolvendo questões de segurança Nacional, inclusive da proteção da Amazônia, só mesmo uma Comissão Parlamentar de Inquérito poderá investigar o que há por traz disso tudo, devido à falta da isenção com o Poder Executivo vem atuando neste processo, na contramão dos interesses nacionais.
Com sucessivas atitudes tíbias, o governo retirou da Força Aérea todas as condições de cumprimento de seus papéis, que foram, gradativamente, transferidos ex-ofício, aos seus subordinados, resultando nesta situação de descalabro, devido a insubordinação, indisciplina, motim, catalogados pelos regulamentos militares como transgressões e, pelos códigos, como crimes militares, além de agredir toda a legislação pertinente ao exercício das funções públicas.
A decisão de desmilitarizar o sistema de controle de vôo, além de ser contrária à segurança nacional, uma decisão prematura, pois só deveria ser efetivada após a regulamentação do exercício das funções essenciais, mediante a limitação ou proibição das paralisações ou greves.
Quem expõe estas idéias, nunca ”furou” uma greve de médicos, das quais participou e que não foram poucas, mas também, em nenhum dia, deixou de comparecer ao serviço, por ocasião de movimentos reivindicatórios da categoria.
Esta conduta foi manifesta por mais de vinte anos, tanto nos serviços de emergência do Hospital Souza Aguiar e no PAM de Irajá, na cidade do Rio de Janeiro, tendo participado de todas as escalas de triagem de atendimento a pacientes, em cumprimento de seu dever profissional e em respeito aos usuários do sistema de saúde.
Quando o Presidente Lula afirma que os controladores de vôo agiram irresponsavelmente e de maneira incompatível com o exercício de funções essenciais, na verdade, está se penitenciando por ter o governo dado “asas a cobras”.
Infelizmente, os controladores militares foram instigados e, talvez pressionados pelos colegas civis, para que seguissem seus péssimos exemplos e cometessem imperdoáveis atos de indisciplina, catalogados como crimes militares por legislação que eles não desconhecem.
Tal conduta é incompatível com a condição de integrantes das Forças Armadas.
Apesar de desobedecidos, humilhados e ultrajados, os briosos e responsáveis oficiais da Aeronáutica demonstraram excelente noção do cumprimento do dever, não cometendo atos de indisciplina, em seguimento ao péssimo exemplo de seus subordinados, existindo entre estes, certamente, honrosas exceções.
Os oficiais da Força Aérea, não obstante perceberem salários incompatíveis com as responsabilidades dos seus postos e, com carga horária que os obriga a exercer atividades de tempo integral e dedicação exclusiva às funções militares, o que não é o caso dos sargentos amotinados, os quais confessaram que as transferências cerceariam o exercício de suas funções complementares, em outros setores.
Desde o dia 6 de dezembro, vimos publicando, em nossos blogs, postagens relativas ao descontrole de vôos, por termos previsto, desde o início, um desfecho infeliz, uma vez que tudo que começa mal, não pode acabar bem.
Os títulos e as datas das postagens são os seguintes:
1) – O CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO EXIGE UMA SOLUÇÃO SISTÊMICA E CIBERNÉTICA
Quarta-feira, Dezembro 08, 2006
2) - CRISE DOS CONTROLADORES DE VÔO
Sexta-feira, Dezembro 08, 2006
3) - CONTROLE MILITAR DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
Domingo, Março 04, 2007
4) - CONTROLE MILITAR DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
5) - OPOSIÇÃO, NA CAMARA DOS DEPUTADOS, TRIPUDIA SOBRE AS VÍTIMAS DA INSEGURANÇA
Quarta-feira, 14 de Março de 2007
6) - LULA PODERÁ EXPOR MARTA SUPLICY À SANHA DOS CONTROLADORES DE VÕOTerça-feira, Março 20, 2007
7) - CONTROLE MILITAR DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
Sábado, Março 24, 2007
8) - PDT É CONTRA O PSDB E O PFL TRANSFORMAREM A CPI DO APAGÃO AÉREO EM PALANQUE ELEITORAL
Domingo, Março 25, 2007
9) - GOVERNO PERDE O CONTROLE DA SITUAÇÃO E FAZ ACORDO COM MILITARES AMOTINADOS
Sábado, Março 31, 2007
10) - A CPI DO "APAGÃO AÉREO TORNOU-SE ÚTIL E IMPRESCINDÍVEL
Sabado, Março 31, 2007
11) - CONTROLADORES DE VÔO HUMILHAM FORÇAS ARMADAS E DEMITEM SEU MINISTRO
Domingo, Abril 01, 2007
para ler एस्तास postagens, Clique aqui:
://sistemismo.blogspot.com/
A seguir, apresentamos um resumo de 02/04/2007,
da Sinopse da Radiobrás, no que se refere à crise do controle de vôo:
"JORNAL DO BRASIL
- Temor de greve já se alastra dentro da FAB
- Um dos efeitos da capitulação do Planalto diante dos controladores já apareceu. Como o comandante do Cindacta I foi promovido a brigadeiro no sábado e, por norma, deve sair, nenhum oficial aceita sucedê-lo. Os eventuais substitutos consideram que os militares do centro de Brasília, a base do motim, ganharam o direito de ignorar o comando. Teme-se, ainda, que o movimento sindical se alastre às outras 26 categorias de sargentos especialistas. Nos aeroportos, a situação dos vôos continuou confusa.
FOLHA DE SÃO PAULO
- FAB abandona controle de tráfego aéreo
- Depois do motim "vitorioso" da sexta, que praticamente parou os aeroportos em todo o país, o controle de tráfego aéreo já está, na prática, nas mãos dos próprios controladores de vôo, que administram desde sábado o setor sem supervisão ou chefia dos oficiais da Aeronáutica, que deixaram as funções antes mesmo da criação do novo órgão civil que vai gerir a área. Os controladores se queixam da falta de uma transição gradual e temem ser sabotados pela ação da Aeronáutica no restante da infra-estrutura do controle aéreo (equipamento e pessoal civil e militar). A "entrega" do controle aéreo, oficializada em nota oficial da FAB no sábado, é chamada pelos controladores de "abandono" das salas de controle.
- Líderes da base governista na Câmara admitem nos bastidores que o caos aéreo tornou inevitável a instalação da CPI do setor. A expectativa é que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a abertura da comissão até o final do mês. Silenciosamente, os partidos aliados se anteciparam ao tribunal e já começaram a selecionar eventuais indicados para compor a comissão e tentar um acordo com a oposição para restringir o foco das investigações. A principal preocupação é buscar um nome de confiança para a relatoria. A tendência é que o escolhido seja do PMDB.
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Controle de vôo passa logo para a área civil
- O governo deve assinar amanhã medida provisória pela qual 1.500 dos 2.400 militares controladores de vôo passarão para atividade civil, trabalhando no novo Controle da Circulação Aérea Geral, vinculado ao Ministério da Defesa e não mais à Aeronáutica, informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O ato mostra que o governo quer acelerar o processo de transferência, sobretudo para acalmar setores militares, descontentes com a presença na caserna de pelo menos uma centena de sargentos que participaram de motim na sexta-feira.
Para contornar a crise criada com a decisão de não prender os amotinados na sexta-feira, a Aeronáutica estabeleceu prazo de 45 dias para que deixem todas as dependências da FAB. "Não há mais ambiente para eles trabalharem lá", disse o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, logo após o fim da rebelião. A essência da MP da desmilitarização será fechada hoje, em reunião no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (págs. 1, C1 e C3 a C8)
* Muitos aeroportos funcionaram ininterruptamente e a suspensão de vôos diminuiu ontem: foram 18 cancelamentos no País (1,6%). Às 18h20, havia atrasos de mais de uma hora em 20,4% dos vôos.
- Notas e informações - A rebelião dos sargentos - Os acontecimentos dos últimos dias mostram um governo fraco, contaminado pelo vezo sindical e incapaz de reagir à chantagem feita por duas ou três dezenas de sargentos.
O GLOBO
- Crise após motim deixa controle aéreo sem chefia
- A desmilitarização prometida pelo governo aos controladores de vôo para encerrar a greve que parou os aeroportos, na sexta-feira, deixou o serviço de controle de tráfego aéreo sem comando. A Aeronáutica já avisou que só responderá por torres de bases aéreas e centros de operações militares, deixando os sargentos que monitoram vôos civis agirem por conta própria. Eles ficarão subordinados a um órgão vinculado à pasta da Defesa, ainda não criado. Ontem as filas nos aeroportos diminuíram, mas 20,3% dos vôos ainda saíram com atrasos. Para a oposição, a CPI do Apagão tornou-se inevitável. (págs. 1, 3, 14, 15, 16 e Ricardo Noblat)
- A decisão do Planalto de suspender a prisão de controladores para pôr fim à greve irritou a Aeronáutica, que espera um sinal do presidente Lula de apoio ao comandante da FAB, Juniti Saito, desautorizado na sexta.
CORREIO BRAZILIENSE
- CPI do apagão aéreo ganha força no STF
- Maioria dos ministros do Supremo, apurou o Correio, deve seguir relator e votar pela abertura de comissão para investigar crise nos aeroportos. Em nota, Clube da Aeronáutica ataca duramente o governo por não ter permitido a punição de grevistas.
- Presidente reúne pela primeira vez os novos ministros para discutir as prioridades do seu segundo mandato. O apagão aéreo não estará em pauta.
VALOR ECONÔMICO
- A conta pela maior crise da história dos aeroportos brasileiros ameaça abrir um contencioso entre as companhias aéreas e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As empresas já admitem iniciar, na Justiça, ações por perdas e danos. E a Anac pensa em multar as companhias que não se responsabilizaram por despesas de passageiros não embarcados durante a crise do fim de semana. O governo começa amanhã a implementar as medidas estruturais prometidas aos controladores nas negociações. O presidente Lula também se prepara para enfrentar uma anunciada greve da Polícia Federal.
JORNAL DO BRASIL
- Temor de greve já se alastra dentro da FAB
- Um dos efeitos da capitulação do Planalto diante dos controladores já apareceu. Como o comandante do Cindacta I foi promovido a brigadeiro no sábado e, por norma, deve sair, nenhum oficial aceita sucedê-lo. Os eventuais substitutos consideram que os militares do centro de Brasília, a base do motim, ganharam o direito de ignorar o comando. Teme-se, ainda, que o movimento sindical se alastre às outras 26 categorias de sargentos especialistas. Nos aeroportos, a situação dos vôos continuou confusa.
FOLHA DE SÃO PAULO
- FAB abandona controle de tráfego aéreo
- Depois do motim "vitorioso" da sexta, que praticamente parou os aeroportos em todo o país, o controle de tráfego aéreo já está, na prática, nas mãos dos próprios controladores de vôo, que administram desde sábado o setor sem supervisão ou chefia dos oficiais da Aeronáutica, que deixaram as funções antes mesmo da criação do novo órgão civil que vai gerir a área. Os controladores se queixam da falta de uma transição gradual e temem ser sabotados pela ação da Aeronáutica no restante da infra-estrutura do controle aéreo (equipamento e pessoal civil e militar). A "entrega" do controle aéreo, oficializada em nota oficial da FAB no sábado, é chamada pelos controladores de "abandono" das salas de controle. (...)
- Líderes da base governista na Câmara admitem nos bastidores que o caos aéreo tornou inevitável a instalação da CPI do setor. A expectativa é que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a abertura da comissão até o final do mês. Silenciosamente, os partidos aliados se anteciparam ao tribunal e já começaram a selecionar eventuais indicados para compor a comissão e tentar um acordo com a oposição para restringir o foco das investigações. A principal preocupação é buscar um nome de confiança para a relatoria. A tendência é que o escolhido seja do PMDB.
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Controle de vôo passa logo para a área civil
- O governo deve assinar amanhã medida provisória pela qual 1.500 dos 2.400 militares controladores de vôo passarão para atividade civil, trabalhando no novo Controle da Circulação Aérea Geral, vinculado ao Ministério da Defesa e não mais à Aeronáutica, informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O ato mostra que o governo quer acelerar o processo de transferência, sobretudo para acalmar setores militares, descontentes com a presença na caserna de pelo menos uma centena de sargentos que participaram de motim na sexta-feira.
Para contornar a crise criada com a decisão de não prender os amotinados na sexta-feira, a Aeronáutica estabeleceu prazo de 45 dias para que deixem todas as dependências da FAB. "Não há mais ambiente para eles trabalharem lá", disse o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, logo após o fim da rebelião. A essência da MP da desmilitarização será fechada hoje, em reunião no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
* Muitos aeroportos funcionaram ininterruptamente e a suspensão de vôos diminuiu ontem: foram 18 cancelamentos no País (1,6%). Às 18h20, havia atrasos de mais de uma hora em 20,4% dos vôos.
- Notas e informações - A rebelião dos sargentos - Os acontecimentos dos últimos dias mostram um governo fraco, contaminado pelo vezo sindical e incapaz de reagir à chantagem feita por duas ou três dezenas de sargentos.
O GLOBO
- Crise após motim deixa controle aéreo sem chefia
- A desmilitarização prometida pelo governo aos controladores de vôo para encerrar a greve que parou os aeroportos, na sexta-feira, deixou o serviço de controle de tráfego aéreo sem comando. A Aeronáutica já avisou que só responderá por torres de bases aéreas e centros de operações militares, deixando os sargentos que monitoram vôos civis agirem por conta própria. Eles ficarão subordinados a um órgão vinculado à pasta da Defesa, ainda não criado. Ontem as filas nos aeroportos diminuíram, mas 20,3% dos vôos ainda saíram com atrasos. Para a oposição, a CPI do Apagão tornou-se inevitável.
- A decisão do Planalto de suspender a prisão de controladores para pôr fim à greve irritou a Aeronáutica, que espera um sinal do presidente Lula de apoio ao comandante da FAB, Juniti Saito, desautorizado na sexta.
CORREIO BRAZILIENSE
- CPI do apagão aéreo ganha força no STF
- Maioria dos ministros do Supremo, apurou o Correio, deve seguir relator e votar pela abertura de comissão para investigar crise nos aeroportos. Em nota, Clube da Aeronáutica ataca duramente o governo por não ter permitido a punição de grevistas.
- Presidente reúne pela primeira vez os novos ministros para discutir as prioridades do seu segundo mandato. O apagão aéreo não estará em pauta.
VALOR ECONÔMICO
- A conta pela maior crise da história dos aeroportos brasileiros ameaça abrir um contencioso entre as companhias aéreas e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As empresas já admitem iniciar, na Justiça, ações por perdas e danos। E a Anac pensa em multar as companhias que não se responsabilizaram por despesas de passageiros não embarcados durante a crise do fim de semana। O governo começa amanhã a implementar as medidas estruturais prometidas aos controladores nas negociações. O presidente Lula também se prepara para enfrentar uma anunciada greve da Polícia Federal, que, a partir de quarta-feira, pode prejudicar a emissão de passaportes e o controle da imigração nos aeroportos do país."
Banco de Notícias da Radiobras: http://clipping.radiobras.gov.br/novo/ no item Sinopses 02/04/2007
acesse, tanbém o blog Controle do Espaço Aéreo, clicando aqui:
http://sistemismo.blogspot.com/
No comments:
Post a Comment